Secretaria de Administração Penitenciária realiza operação para combater uso de celulares por facções criminosas

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) realizou, na manhã desta quarta-feira (12/03), mais uma fase da Operação Strangulatio, voltada para o combate ao crime dentro do sistema prisional. Desta vez, a ação ocorreu na Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira e na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), no Complexo de Gericinó, onde estão custodiadas lideranças do Terceiro Comando Puro, principais alvos desta etapa.

A operação faz parte da estratégia do Governo do Estado para desarticular a comunicação e as atividades ilícitas de facções criminosas dentro das unidades prisionais. A ação conta com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que realiza o bloqueio móvel do sinal de telefonia nos presídios mapeados pela Subsecretaria de Inteligência da Seap.

As ações da Operação Strangulatio começaram em 14 de fevereiro, quando foram apreendidos 64 celulares. Na ocasião, 20 presos foram isolados. No dia 19 do mesmo mês, uma nova fase resultou na apreensão de 62 celulares.

– A Seap tem fechado o cerco contra o crime dentro dos presídios. A Operação Chamada Encerrada já vem enfraquecendo a comunicação das facções, e agora a Strangulatio aperta ainda mais essa rédea curta. Estamos avançando no controle total do sistema prisional – destacou a secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel.

Fiscalização rigorosa resulta no aumento de apreensões

Nos últimos anos, a Seap intensificou a fiscalização e o combate a ilícitos dentro das unidades prisionais. Entre 2021 e 2024, o número de visitantes presos tentando entrar com materiais proibidos cresceu 200%, passando de 24 para 72 casos. Com eles, foram apreendidos cerca de 25 quilos de drogas, escondidos nas partes íntimas e identificados por scanners corporais.

Além disso, entre 2023 e 2024, a Operação Chamada Encerrada resultou na apreensão de aproximadamente 16 mil celulares (10 mil em 2024 e 6 mil em 2023) nas entradas e dentro dos presídios.

– Nos presídios do Rio, quem quiser continuar no crime não terá trégua. Esses números mostram a seriedade do trabalho da Seap, que envolve investimentos em infraestrutura, transparência e capacitação de pessoal. A Polícia Penal seguirá sufocando aqueles que insistem em transformar as cadeias em escritórios do crime – reforçou Nebel.

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