Passado o carnaval, começa a quaresma que são, justamente os 40 dias que antecedem a Páscoa. É quando também, a CNBB – que é a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – lança a Campanha da Fraternidade. Para este ano, o tema é “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema, tirado da Bíblia, do livro de Genesis: “Deus viu que tudo era muito bom”.
A ideia é provocar uma reflexão sobre a crise ambiental e social que vivemos. Segundo a CNBB, para ouvir os gritos dos pobres na Terra, como explicou dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB.
“É tempo de conversão. É tempo de mudança. É tempo de nova perspectiva. E o mundo hoje está precisando de uma nova mentalidade, está precisando de um novo estilo de vida que não prejudique a natureza e que não tire a dignidade das pessoas.”
O principal dia da Campanha da Fraternidade será em 13 de abril, no Domingo de Ramos, com a chamada Coleta da Solidariedade. Dom Ricardo reforça:
“A Coleta da Solidariedade é também uma maneira de nós podermos contribuir concretamente por mudanças. Mudanças que vão acontecer lá onde esses projetos sociais foram solicitados. Então se abre um edital, todos os projetos são analisados e de fato quando nós temos o retorno vemos mudanças de vida. Pessoas que com o projeto do Fundo Nacional de Solidariedade podem recuperar a sua dignidade.”
E durante o lançamento, na CNBB em Brasília, o representante do Papa no Brasil, Giambattista Diquattro, aproveitou para pedir orações pelo Papa Francisco, que está internado no hospital Gemelli em Roma devido a uma pneumonia bilateral.
Em mensagem encaminhada à CNBB por causa da Campanha da Fraternidade, o Papa falou que é tempo de “deixar que a natureza descanse das nossas explorações gananciosas”. E lembrou a COP 30, que ocorre em novembro em Belém. Pediu compromisso dos países e dos organismos internacionais nas ações de combate à crise climática e na preservação do meio ambiente.