Na manhã desta quarta-feira (26), o rapper Oruam, conhecido por suas polêmicas e por ser filho do líder da facção criminosa Comando Vermelho, foi preso em flagrante em sua mansão localizada no Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A detenção ocorreu durante uma operação da Polícia Civil, que tinha como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão em dois endereços associados ao artista. Ouruam foi acusado de favorecer a fuga de Yuri Pereira Gonçalves, um foragido procurado por sua ligação com uma organização criminosa.
A operação policial não se restringiu apenas à mansão do rapper. Agentes também realizaram buscas em endereços relacionados à sua mãe, Márcia Nepomuceno, que é esposa de Marcinho VP, o líder do Comando Vermelho. Até o momento, não foram divulgadas informações detalhadas sobre os resultados da operação, mas a prisão de Oruam levantou preocupações sobre suas ligações com o crime organizado.
Além da prisão atual, Oruam já estava sob investigação por um incidente de disparo de arma de fogo ocorrido em um condomínio residencial em Igaratá, São Paulo, em 16 de dezembro de 2024. A Polícia Civil busca a arma utilizada e outros materiais que possam servir como evidência no caso. O rapper foi indiciado, e os mandados de busca em seus endereços foram autorizados pela Justiça de Santa Isabel, SP.
A detenção de Oruam não é um fato isolado. Na semana anterior, ele já havia sido detido pela Polícia Militar na orla da Barra da Tijuca, após realizar uma manobra arriscada na contramão na tentativa de fugir de uma abordagem. Um vídeo do incidente, que circulou nas redes sociais, mostrava o rapper sendo colocado em uma viatura policial, enquanto uma multidão se aglomerava ao redor do veículo.
Diante das controvérsias que cercam a figura de Oruam, surgem também iniciativas legislativas que visam restringir sua presença em eventos voltados ao público infantojuvenil. Projetos de lei, como o apelidado de “lei anti-Oruam”, estão sendo discutidos em várias cidades, incluindo São Paulo e, em breve, no Rio de Janeiro. Essas propostas visam proibir a contratação de shows e eventos que promovam a apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas, refletindo a preocupação social com a influência do rapper e suas associações.
Com sua trajetória marcada por polêmicas e ligações com o crime, Oruam se posiciona como um símbolo da complexa relação entre arte, criminalidade e a luta contra o tráfico no Brasil. A expectativa agora é que as investigações avancem e que a sociedade reaja a mais esse capítulo da vida do rapper e das suas implicações.