A situação da saúde em Saquarema se tornou um desafio diário para os moradores, que enfrentam filas enormes na Central do Cidadão para conseguir agendar consultas médicas. Relatos de cidadãos apontam que, para marcar uma consulta, muitos chegam ao local por volta das 5h da manhã, dependendo da especialidade desejada. A Central, situada ao lado da Nalin, tem se tornado um verdadeiro campo de batalha para aqueles que buscam atendimento médico.
Os problemas não param por aí. Nos postos de urgência e emergência, que são administrados pela empresa Prima Qualita, a escassez de medicamentos básicos é alarmante. A falta de itens essenciais, como dipirona e gazes, tem gerado angústia e frustração entre os pacientes. Uma senhora, que buscava atendimento no posto de Jacone, afirmou na semana passada que não havia dipirona disponível, mesmo em uma unidade que deveria funcionar 24 horas.
O novo posto de saúde recém-inaugurado na Serra do Mato Grosso, também sob a administração da Prima Qualita, apresenta dificuldades semelhantes. Além da falta de medicamentos, os agendamentos para consultas médicas estão levando até um mês para serem confirmados. Ao chegarem ao posto, muitos pacientes se deparam com médicos que atendem apenas duas pessoas antes de se retirarem, e dentistas que conseguem atender no máximo três.
Outro aspecto preocupante é a necessidade dos pacientes que precisam sair da Serra para buscar medicamentos na farmácia da policlínica, uma vez que a promessa da prefeita e do secretário de saúde de que haveria medicamentos disponíveis nos PSF (Postos de Saúde da Família) ainda não se concretizou.
Além das dificuldades enfrentadas pela população, há também relatos de perseguição aos funcionários efetivos da saúde, que estão sendo deslocados constantemente para locais diferentes de suas lotações originais, o que gera desconforto e insegurança no ambiente de trabalho.
A deputada estadual Franciane Mota, em um recente post em seu Instagram, reiterou seu apoio aos moradores de Saquarema e criticou a postura do governo atual, que negou as informações sobre a crise na saúde que classificou as denúncias como “Fake News”. A deputada destacou a importância de um sistema de saúde eficiente e acessível, afirmando que “os cidadãos têm o direito de ser ouvidos e atendidos com dignidade”.