A escassez de neuropediatras na cidade vem gerando um clima de desespero entre mães de crianças com autismo, que se sentem abandonadas diante da necessidade urgente de cuidados médicos. Com os atendimentos suspensos, muitas delas não conseguem obter as receitas necessárias para acessar medicamentos essenciais, o que agrava ainda mais a situação de seus filhos.
As denúncias foram feitas em um apelo angustiado por mães que, além da luta diária para cuidar de crianças com necessidades especiais, agora enfrentam a barreira da falta de profissionais qualificados na área. “Eu não aguento mais, está muito difícil, ainda mais se tratando de quem eu amo”, desabafou uma mãe durante uma entrevista ao RJ1 da TV Globo. Suas palavras refletem o desespero coletivo que permeia o grupo, que vê seus filhos sem o acompanhamento necessário.
O custo de uma consulta particular, que gira em torno de R$ 400,00, é exorbitante para muitas dessas famílias, que já enfrentam dificuldades financeiras. “Não temos condições de pagar isso. O que eu mais quero é que meu filho tenha o tratamento adequado, mas onde eu vou arranjar esse dinheiro?”, questiona outra mãe, visivelmente aflita.
De acordo com especialistas, a falta de profissionais não apenas impede o acesso a atendimentos, mas também compromete o tratamento e a qualidade de vida das crianças, que dependem de acompanhamento regular. As mães se sentem sem alternativas e clamam por soluções urgentes por parte das autoridades de saúde.
Com o sistema público de saúde sobrecarregado e a carência de neuropediatras em Duque de Caxias, essas mães pedem uma resposta imediata. A situação é crítica e, para elas, cada dia sem atendimento representa um passo atrás na luta para garantir um futuro melhor para seus filhos. O apelo é claro: é preciso que as autoridades ouçam e ajam, antes que essa realidade se torne insuportável.