Há dois anos, Jéssica Gonçalves Soares perdeu seu filho, João Pedro Soares, aos 9 meses de vida, devido a problemas cardíacos e insuficiência renal. No último Dia de Finados, 2 de novembro, uma tia do menino visitou seu túmulo no cemitério Vila Esperança, em Magé, Rio de Janeiro, e encontrou a sepultura violada e quebrada. O corpo de João Pedro foi roubado, retirado com o caixão por um buraco feito entre a tampa e a base da sepultura.
Sebastião Luiz Soares, avô de João Pedro, relatou que a família está desolada com o ocorrido. “Queremos Justiça e queremos saber onde está o corpo do João Pedro”, disse ele. O jazigo, segundo Sebastião, era familiar e continha os restos mortais de outro parente, que foram deixados intactos.
A Prefeitura de Magé informou que abriu uma sindicância interna para investigar as circunstâncias da violação. Em nota, afirmou que o coordenador do cemitério foi afastado e que há um processo em andamento para concessão da administração dos cemitérios da cidade à iniciativa privada, visando melhorar a segurança e manutenção do local.
A Polícia Civil, por meio da 65ª DP (Magé), é responsável pela investigação e já realizou perícia na sepultura. O delegado Celso Gustavo Castello Ribeiro afirmou que a polícia busca pistas que possam levar aos responsáveis. Até o momento, não há informações sobre o paradeiro do caixão e do corpo do pequeno João Pedro.
O Cemitério de Vila Esperança ocupa uma área extensa e conta com portão de entrada, muros laterais e, supostamente, com a vigilância de um segurança. Mesmo assim, a violação ocorreu sem que houvesse um responsável identificado. “O caixão, o corpinho do meu neto, tudo sumiu. Nossa família sofreu duas vezes”, desabafou o avô, ressaltando a urgência por respostas.
O crime de subtração de cadáver, sob investigação, pode resultar em pena de um a três anos de prisão para os culpados. A família espera que o caso seja resolvido e que o corpo de João Pedro seja encontrado.