Queridos leitores do portal FalaRio, saúdo a todos com carinho e gratidão, desejando que a paz de Cristo esteja presente em suas vidas. Hoje, convido vocês a refletir sobre um tema profundamente humano e espiritual: as lágrimas, o consolo divino e as diversas formas com que elas marcam nosso caminho.
Na vida, todos nós conhecemos diversos tipos de lágrimas. Há aquelas que surgem em momentos leves e de simples emoção, como a inauguração de um novo espaço ou a realização de um sonho, uma viagem a um lugar especial, uma conquista almejada há muito tempo. Essas lágrimas, muitas vezes, são o reflexo da gratidão e da alegria que enchem o coração em certos momentos.
Porém, existem também lágrimas mais profundas, silenciosas, que ninguém vê. São as lágrimas guardadas no coração, derramadas em silêncio, no íntimo de nosso ser, onde habita a Santíssima Trindade. São aquelas que os pais seguram diante dos filhos para transmitir força e amor, mesmo que por dentro sintam o peso de suas próprias dificuldades. São também as lágrimas que um professor guarda ao enfrentar desafios pessoais, mas, ainda assim, permanece firme diante dos alunos. E, de modo especial, são as lágrimas de líderes religiosos, sacerdotes e pastores que, mesmo em meio às suas batalhas, assumem a missão de dar esperança e ânimo àqueles que estão sob seus cuidados.
Essas lágrimas são preciosas aos olhos de Deus, pois nos aproximam de Cristo, que, mesmo pregado na cruz, não deixou de oferecer palavras de esperança e perdão. Cristo entende cada uma dessas lágrimas, e o Espírito Santo está sempre conosco para nos consolar. Como nos lembra a Escritura: “Ouvi tua oração, vi tuas lágrimas” (2 Reis 19,34; 20,5). Essa promessa é uma prova do amor de Deus, que está atento às nossas dores e ouve cada súplica.
Essas palavras de consolo e a certeza de que Deus está sempre conosco para enxugar nossas lágrimas trazem uma paz inigualável, mesmo em meio às maiores aflições. Reflito sobre estas palavras inspirado pela cofundadora da Comunidade Católica Shalom, Maria Emmir Nogueira, que nos lembra que as lágrimas também podem ser uma forma de união com Deus, uma oração silenciosa, uma entrega da alma. Elas revelam a presença íntima do Espírito Santo, que nos fortalece em nossos momentos mais vulneráveis.
Com essa certeza e confiança, encerro desejando que cada lágrima sua seja consolada por Aquele que conhece todas as coisas. Que o Senhor Deus, em sua infinita misericórdia, enxugue cada lágrima do seu coração e traga paz e alegria renovadas para todos os dias da sua vida.
Abençoo a cada um, e que o amor de Deus permaneça sempre com vocês.
