Teresópolis, RJ – A Prefeitura de Teresópolis divulgou um balanço preocupante para o ano de 2024, revelando que já desembolsou R$ 24,2 milhões em precatórios, dívidas originadas em gestões passadas e que, após decisões judiciais, tornaram-se de pagamento obrigatório. Além desse valor significativo, o município também enfrentou bloqueios e sequestros de quase R$ 10 milhões de suas contas, aprofundando a crise financeira que assola a administração.
O impacto desses pagamentos e bloqueios nas finanças municipais é devastador. O Prefeito Vinicius Claussen destacou a gravidade da situação, afirmando que a transparência é fundamental para que a população compreenda o destino dos recursos públicos. “Mesmo com todos os esforços para pagar essas dívidas antigas, os sequestros e bloqueios geram um desequilíbrio financeiro grave, dificultando investimentos em programas, obras e serviços essenciais para a população”, afirmou o prefeito.
Desde abril de 2024, a situação se tornou ainda mais crítica, com a Prefeitura tendo que pagar R$ 9,5 milhões adicionais em precatórios, além de sofrer sequestros judiciais que totalizaram mais R$ 2,1 milhões. “Em menos de um mês, vimos R$ 11,7 milhões saírem das contas municipais. Esse é o grande desafio enfrentado pela gestão do Prefeito Vinicius Claussen, que está buscando alternativas para manter as obrigações em dia, especialmente os salários dos funcionários”, explicou o secretário municipal de Fazenda, Fabiano Latini.
Em um esforço para sanar a crise e equilibrar as finanças, a administração municipal propôs um projeto de lei solicitando autorização para contrair um empréstimo de R$ 295 milhões junto ao Banco do Brasil. No entanto, a proposta foi rejeitada pela Câmara Municipal, deixando a Prefeitura sem essa possível solução para mitigar o problema dos precatórios.
Desde 2018, a Prefeitura de Teresópolis já desembolsou mais de R$ 210 milhões em pagamentos de precatórios e sequestros judiciais. Desses, a atual gestão pagou R$ 107,3 milhões, enquanto outros R$ 103 milhões foram sequestrados diretamente das contas municipais por ordem da Justiça.
Com as finanças municipais gravemente abaladas, a administração enfrenta dificuldades crescentes para manter os serviços públicos e realizar investimentos necessários para o desenvolvimento da cidade. A situação gera apreensão entre os moradores, que temem o impacto dessa crise na qualidade de vida e nos serviços oferecidos pelo município.
A rejeição do projeto de empréstimo e os desafios financeiros que se acumulam indicam um cenário de incerteza para o futuro de Teresópolis. A gestão municipal continua em busca de alternativas para superar essa crise, enquanto a população acompanha de perto os desdobramentos que podem afetar profundamente a vida na cidade.
