Os preços do petróleo registraram uma queda de mais de 1% nesta terça-feira (16), marcando o terceiro dia consecutivo de perdas, impulsionados por preocupações com a desaceleração da economia chinesa e seu impacto na demanda por petróleo. No entanto, as quedas foram parcialmente contidas pelo crescente consenso de que o Federal Reserve dos Estados Unidos poderá reduzir sua taxa de juros já em setembro.
As taxas de juros mais baixas diminuem o custo dos empréstimos, o que pode impulsionar a atividade econômica e, consequentemente, a demanda por petróleo.
Os futuros do Brent fecharam em queda de US$ 1,12, ou 1,3%, a US$ 83,73 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu US$ 1,15, ou 1,4%, a US$ 80,76.
“Os dados econômicos mais fracos continuam a fluir da China, uma vez que os programas de apoio governamental contínuos têm sido decepcionantes, com muitas das refinarias da China reduzindo suas atividades diante de uma procura mais fraca por combustível”, afirmou Dennis Kissler, vice-presidente sênior de comércio da BOK Financial.
A segunda maior economia do mundo cresceu 4,7% entre abril e junho, conforme mostraram dados oficiais, a taxa mais lenta desde o primeiro trimestre de 2023 e abaixo da previsão de 5,1% em uma pesquisa da Reuters. A desaceleração em relação à expansão de 5,3% do trimestre anterior foi prejudicada por uma recessão prolongada no setor imobiliário e pela insegurança no emprego.
Esse cenário de incerteza na China, combinado com as expectativas de mudanças na política monetária dos Estados Unidos, está moldando um ambiente desafiador para o mercado de petróleo, que precisa equilibrar a oferta e a demanda em um contexto de volatilidade econômica global.
