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Jogo do Tigrinho: Os perigos do cassino online ilegal e da dependência

Nos últimos tempos, o brasileiro que navega pelas redes sociais inevitavelmente se depara com a oferta de apostas online. Muitas delas apresentam o desenho de um tigre e estão relacionadas ao chamado “Jogo do Tigrinho”. Porém, o que muitos ainda não sabem é que participar e divulgar esses jogos de azar pode configurar crime e render até mesmo prisão.

O “Jogo do Tigrinho” é um cassino online famoso que promete ganhos fabulosos. Na prática, o objetivo é alinhar três figuras idênticas nas três fileiras que aparecem na tela. O jogo, também conhecido como “Fortune Tiger”, ganhou notoriedade no Brasil devido à extensa campanha que envolveu influenciadores digitais e jogadores compartilhando táticas para obter sucesso.

Em Alagoas, uma mulher denunciou à Polícia Civil que a fortuna da família foi dissipada devido a apostas online no chamado ‘Jogo do Tigrinho’. O prejuízo foi estimado em R$ 400 mil e aconteceu em jogos realizados pelo neto dela. 

Em Magé na baixada fluminense existem inúmeros relatos de pessoas que perderam o que tinham e o que não tinham nas apostas ilegais. De acordo com informações, algumas dessas vítimas chegaram a pegar dinheiro com “agiotas” para sustentar um vício na esperança de ter um retorno do que havia perdido.

Riscos e Armadilhas

Participar do jogo do Tigrinho envolve coletar e tratar dados pessoais, incluindo os de crianças, sem o consentimento dos pais. Isso expõe os menores a riscos de privacidade e segurança online, aumentando sua vulnerabilidade a abusos e violações de direitos digitais.

Muitos usuários não percebem que o jogo é ilegal no país, conforme estipulado em lei específica. Além de colocar os participantes em risco de punições legais, ele está associado a crimes como estelionato, crime contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A promessa de lucros fáceis atrai muitos, mas, na realidade, muitos usuários enfrentam frustração, raiva e perda financeira. Além disso, o acesso contínuo ao jogo pode levar ao vício, afetando negativamente a saúde mental e o bem-estar dos jogadores.

É crucial que os pais estejam atentos ao que seus filhos acessam online, pois muitas vezes os jovens caem na armadilha do jogo sem entender as consequências. As perdas financeiras podem ser significativas, especialmente quando menores utilizam cartões de crédito dos pais sem permissão.

Novos dados do Datafolha revelam uma tendência preocupante entre os jovens brasileiros. Quase um terço (30%) dos brasileiros de 16 a 24 anos admite ter participado de apostas esportivas online, um índice que representa o dobro da média nacional (15%). Sete por cento dos entrevistados afirmaram ter apostado no passado, e 8% continuam apostando ativamente.

O mito do “ganho fácil” cai por terra quando observamos que os cidadãos brasileiros deram mais dinheiro às empresas de apostas ao longo de 2023 (R$ 54 bilhões) do que receberam em prêmios (R$ 35 bilhões). Estamos perdendo muito dinheiro e ignorando os perigos dos jogos de apostas.

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