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Descobrindo o Passado: A Riqueza dos Sítios Arqueológicos no Centro-Oeste do Brasil

Na vasta extensão do Centro-Oeste brasileiro, uma história milenar aguarda ser desvendada através de seus 2.741 sítios arqueológicos, revelando vestígios de uma presença humana que remonta há 25 mil anos. Estes locais não apenas testemunham a longa jornada da ocupação humana na região, mas também se apresentam como destinos acessíveis para visitação, oferecendo uma viagem única ao passado pré-histórico.

Próximo à Brasília, no estado de Goiás, dois locais se destacam: o Sítio Arqueológico do Bisnau e a Toca da Onça. O Bisnau, com seus 2.600m² de rocha sedimentar, é conhecido por suas inscrições rupestres em baixo relevo, datadas entre 4,5 mil e 11 mil anos. Este espaço natural, localizado a 42 km de Formosa, atrai estudantes e pesquisadores ávidos por explorar suas ricas informações científicas.

Já a Toca da Onça, situada nas nascentes do Rio Paranã e em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é um conjunto de pedras calcárias adornado por pinturas rupestres datadas de aproximadamente 4 mil anos. Além das trilhas e cachoeiras que permeiam o local, suas formações rochosas oferecem uma imersão profunda na história geológica e cultural da região.

No estado do Mato Grosso, o Sítio Arqueológico Santa Elina destaca-se como um dos mais antigos do país, com registros humanos que remontam a 25 mil anos atrás. Localizado na majestosa Serra das Araras, próximo à cidade de Jangada, este sítio revelou descobertas fascinantes, como a ossada de uma preguiça-gigante extinta há 10 mil anos e mais de 25 mil artefatos que ilustram a convivência humana e a fauna da época.

Para Noel José, guia de turismo na região, a visitação desses sítios é uma oportunidade única de mergulhar na pré-história e compreender a rica história do Planalto Central, cuja ocupação humana remonta a 12 mil anos atrás. Com o desenvolvimento do turismo pedagógico na Toca da Onça, previsto para o segundo semestre deste ano, espera-se não apenas aumentar o acesso a esses tesouros históricos, mas também enriquecer a compreensão pública sobre a importância da preservação cultural e arqueológica.

Ao explorar esses sítios arqueológicos, os visitantes não apenas testemunham vestígios milenares da história humana, mas também contribuem para a preservação desses patrimônios, garantindo que futuras gerações possam continuar descobrindo e aprendendo com o passado que moldou a paisagem e a cultura do Centro-Oeste do Brasil.

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