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Chanceler da Ucrânia chega à China para discutir “paz justa”

Ucrânia busca apoio de Pequim para 2ª Cúpula da Paz

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, desembarcou na China nesta terça-feira (23) para dialogar com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, sobre estratégias para alcançar uma “paz justa” na guerra com a Rússia, além de tratar das relações bilaterais. Esta visita marca a primeira viagem de um alto funcionário ucraniano ao país desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a qual a China não condenou publicamente.

Kuleba destacou que planeja realizar “negociações extensas, detalhadas e substantivas” com Wang Yi, sem especificar datas exatas para as conversas, mas mencionou que sua visita continuará até quinta-feira (25). Em uma declaração no Instagram, ele enfatizou a importância de evitar competições entre planos de paz e a necessidade de um diálogo direto entre Kiev e Pequim.

Nos últimos meses, diversas iniciativas de paz foram apresentadas, especialmente com a aproximação das eleições nos EUA em novembro. A possível volta de Donald Trump, que ameaçou cortar a ajuda à Ucrânia, adiciona urgência às negociações. Sob a administração de Joe Biden, os Estados Unidos têm sido o maior apoiador da Ucrânia.

Kiev está pressionando para realizar uma segunda cúpula internacional ainda este ano para promover sua visão de paz. A primeira cúpula, realizada na Suíça em junho, atraiu delegações de várias partes do mundo, exceto da Rússia e da China. A Ucrânia expressou o desejo de que a próxima cúpula seja organizada por um país do “Sul Global” e que a Rússia possa participar. Kiev também espera ver a China desempenhar um papel mais ativo no fim do conflito.

Em maio, China e Brasil publicaram uma proposta conjunta de paz de seis pontos, apoiando a realização de uma conferência internacional de paz reconhecida por ambos os lados do conflito. Kuleba afirmou que sua viagem à China visa desenvolver contatos entre os líderes dos dois países, sendo a primeira visita de um chanceler ucraniano desde 2012.

A China, que declarou uma parceria “sem limites” com a Rússia em 2022, dias antes da invasão, tem ajudado a Rússia a manter sua economia estável. Pequim afirma que seus laços com Moscou são baseados na não-aliança e não visam terceiros.

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