O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou sua confiança de ser o candidato mais qualificado para vencer as eleições de novembro, mas reconheceu que outros democratas também poderiam derrotar o ex-presidente Donald Trump. Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira (11), Biden declarou: “Acredito que sou o mais qualificado para governar. E acho que sou o mais qualificado para vencer. Mas há outras pessoas que também poderiam vencer Trump.”
Biden revelou que sua equipe está arrecadando fundos de forma eficaz, com US$ 220 milhões em caixa. No entanto, ele foi pressionado sobre a possibilidade de reconsiderar sua candidatura caso dados mostrem que a vice-presidente Kamala Harris teria um desempenho melhor contra Trump. “Não, a menos que eles voltem e digam que não há como vencer”, afirmou Biden, acrescentando em tom baixo: “Ninguém está dizendo isso. Nenhuma pesquisa diz isso.”
Em um momento embaraçoso, Biden confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Donald Trump. Quando questionado sobre a pressão interna no partido Democrata para que desista da candidatura, ele respondeu: “Eu não teria escolhido vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela não fosse qualificada (sic) para ser presidente.” Biden corrigiu a declaração posteriormente, elogiando Harris e reiterando sua qualificação para ocupar a presidência.
Biden também abordou a possibilidade de realizar exames neurológicos, afirmando que faria caso seus médicos achassem necessário, mas que não havia nenhuma indicação nesse sentido no momento. Ele mencionou ter realizado três exames neurológicos significativos, sendo o mais recente em fevereiro, e que os médicos afirmaram que ele está “em boas condições”.
O presidente negou ter sugerido que precisaria encerrar sua agenda mais cedo para descansar, embora tenha admitido a necessidade de “controlar o ritmo” devido às responsabilidades presidenciais. Biden também mencionou que sua equipe frequentemente adiciona compromissos à sua agenda, o que tem gerado algumas desavenças com a primeira-dama.
Biden comentou sobre seus números de aprovação, afirmando que são melhores em Israel do que internamente nos Estados Unidos, enquanto discutia a guerra na Faixa de Gaza. Ele destacou a necessidade de terminar o conflito armado e que Israel não deve ocupar Gaza ao final das batalhas.
Sobre seus comentários durante a campanha de 2020, quando se autodenominou como candidato “ponte” para a próxima geração de líderes democratas, Biden explicou que a gravidade da situação econômica, política externa e divisão interna que herdou mudou o contexto.
A pressão para que Biden desista de sua candidatura à reeleição tem aumentado dentro do partido Democrata, com mais de dez parlamentares pedindo sua desistência após seu desempenho ruim no debate contra Donald Trump. Uma pesquisa recente mostrou Biden e Trump empatados com 40% cada, enquanto outras pesquisas indicam que Trump está ampliando sua vantagem sobre Biden.
