Usuários do metrô do Rio protestam contra aumento da tarifa e pedem melhorias no serviço

Tarifa mais cara do país

A tarifa do metrô do Rio de Janeiro subiu para R$ 7,50 nesta sexta-feira (12), se tornando a mais cara do país. O aumento, que não inclui a Tarifa Social de R$ 5, gerou insatisfação entre os passageiros, que cobram melhores serviços e expansão da malha metroviária.

Falta de investimento e péssima qualidade do serviço

Apesar do alto custo, a rede metroviária carioca é pequena, com apenas 60 km de extensão, se comparada a outras cidades:

  • Brasília: R$ 5 para 42 km
  • São Paulo: R$ 5 para 104,5 km
  • Belo Horizonte: R$ 5,30 para 28,1 km
  • Porto Alegre: R$ 4,50 para 43,8 km
  • Recife: R$ 4,25 para 39,5 km

Além disso, os passageiros reclamam da qualidade precária do serviço, com falta de segurança, frequentes falhas e lentidão.

Promessas não cumpridas

O governo do Rio prometeu investir na expansão da rede metroviária, mas as obras estão paradas há anos. A estação da Gávea, fundamental para a ligação entre as linhas, está paralisada desde 2015. A expansão da Linha 2, com novas estações no Centro da cidade, também foi adiada.

Novos projetos e estudos

Em vez de priorizar a conclusão das obras em andamento e a melhoria do serviço atual, o governo anunciou a expansão da Linha 3, que ligaria a Praça Quinze até São Gonçalo, atravessando a Baía de Guanabara e Niterói. A obra, prometida para 2023, ainda está em fase de licitação para estudos técnicos.

A expansão da Linha 4, que ligaria a Estação Jardim Oceânico ao Recreio dos Bandeirantes, também é um projeto antigo que ainda não saiu do papel.

Enquanto isso, o sofrimento dos passageiros aumenta

Com o aumento da tarifa e a falta de melhorias no serviço, os passageiros do metrô do Rio sofrem com longas filas, lentidão, congestionamentos e insegurança. O sofrimento aumenta a cada dia, enquanto os projetos de expansão demoram a sair do papel.

O que está sendo feito?

  • O MetrôRio afirma estar em negociação com o governo para receber recursos para as obras.
  • O governo do Rio diz que busca soluções para os problemas de mobilidade, mas enfrenta restrições por causa da Lei de Recuperação Fiscal.
  • A prioridade, segundo o governo, é concluir a estação da Gávea e a extensão da Linha 2.
  • Um consórcio será contratado para realizar estudos sobre a criação da Linha 3 e a expansão da Linha 4, com previsão de um ano de duração.
  • O governo também está finalizando um acordo com o Ministério Público e o TCE para retomar as obras da Gávea.
  • Outros projetos de expansão serão avaliados posteriormente, com base no plano diretor metroviário.

Tarifa Social

A Tarifa Social, que garante a passagem a R$ 5 para quem tem o Bilhete Único Intermunicipal (BUI) cadastrado, continua disponível.

Para ter acesso ao benefício:

  • É preciso ter entre 5 e 64 anos.
  • Renda mensal declarada inferior ou igual a R$ 3.205,20.
  • Cartão Riocard Mais cadastrado no Bilhete Único Interestadual.
  • O cartão precisa estar vinculado ao CPF do usuário.

O que os passageiros querem?

Os passageiros do metrô do Rio reivindicam:

  • Fim do aumento das tarifas.
  • Melhoria da qualidade do serviço, com mais segurança, menos falhas e mais rapidez.
  • Expansão da rede metroviária para atender a todas as regiões da cidade.
  • Agilidade nas obras já iniciadas, como a estação da Gávea e a extensão da Linha 2.
  • Implementação de novos projetos, como a Linha 3 e a expansão da Linha 4.

A luta pela mobilidade urbana digna continua

Os passageiros do metrô do Rio estão mobilizados e cobram seus direitos. A luta por um transporte público de qualidade é fundamental para garantir a mobilidade urbana digna para todos os cariocas.

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