Saquarema, uma cidade que se orgulha de suas belezas naturais, está agora sob os holofotes por um motivo preocupante. A Prefeitura, responsável pela proteção do meio ambiente local, é acusada de realizar movimentações irregulares de terra na construção da Praça Casa de Pedra.

Denúncias apontam que a empresa Dimensional Engenharia está removendo areia das dunas artificiais, ato que viola as leis ambientais e ameaça o ecossistema da região. Essa prática contradiz os esforços de preservação ambiental de Saquarema, que incluíam a criação de áreas de interesse ecológico e um parque natural municipal para proteger o bioma da Mata Atlântica.
O Ministério Público Federal, representado pelo Procurador da República Bruno de Almeida Ferraz, emitiu um despacho exigindo a paralisação imediata de qualquer intervenção no canal Barra Franca. Contrariando a decisão do procurador, a prefeitura retomou as obras, que parecem ser a continuação de um projeto anteriormente julgado, sem a apresentação de um novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) ou autorização da Secretaria do Patrimônio da União.
De acordo com especialistas, a movimentação de terra nas dunas pode ter impactos significativos no ecossistema local porque são estruturas naturais que desempenham um papel crucial na proteção de áreas costeiras contra a erosão e em servir como barreiras contra tempestades.
Além disso, a movimentação irregular de terras nas dunas de Saquarema pode resultar em danos ambientais graves, afetando não apenas a integridade física do ecossistema costeiro, mas também a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que ele fornece.
Este caso destaca a importância da vigilância ambiental e da responsabilidade governamental.
A população da cidade aguarda ações concretas que garantam a preservação de seu patrimônio natural e a sustentabilidade ambiental para as gerações futuras.