A Sony está implementando cortes de aproximadamente 900 empregos em sua divisão PlayStation e encerrando as operações de um estúdio em Londres, anunciou a empresa nesta terça-feira (27), em meio aos esforços da indústria de videogames para se recuperar de uma crise pós-pandemia.
As demissões em massa impactarão cerca de 8% da força de trabalho da divisão, abrangendo regiões que vão das Américas à Ásia, e ocorrem poucos dias após a Sony revisar para baixo suas expectativas anuais de vendas do console PlayStation 5.
“Chegamos à conclusão de que decisões difíceis se tornaram inevitáveis”, declarou o chefe de jogos da Sony, Jim Ryan, atribuindo as mudanças à evolução na forma como a indústria de videogames desenvolve, distribui e lança produtos. Ryan deve se aposentar em março.
Este movimento coloca a Sony em linha com outras empresas, como a Microsoft e a Riot Games, subsidiária da Tencent, que também demitiram milhares de funcionários nos últimos meses devido à lenta recuperação do mercado de jogos.
O mercado global de videogames cresceu apenas 0,6% no ano passado, atingindo US$ 184 bilhões, de acordo com o rastreador da indústria Newzoo, embora esse número represente uma melhora em relação ao declínio de mais de 5% em 2022.
As demissões em massa também afetarão outros estúdios da Sony, incluindo o Insomniac Games, sediado na América do Norte, responsável por títulos como “Marvel’s Spider-Man 2”, e a Naughty Dog, estúdio por trás de “The Last of Us”.
A Sony havia anunciado anteriormente neste mês que espera uma diminuição gradual nas vendas unitárias do PlayStation 5 a partir do próximo ano fiscal, e que não planeja lançar nenhum título de grande franquia no mesmo período.