Alerta epidemiológico no Amazonas para febre Oropouche, doença similar à dengue

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) emitiu um alerta epidemiológico devido à detecção de casos da doença do vírus Oropouche (OROV), uma virose similar àquela transmitida pelo vírus da dengue.

Entre dezembro de 2023 e 4 de janeiro de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) examinou 675 amostras coletadas, confirmando, por meio do exame PCR, a presença de 199 casos de Oropouche (29,5%). Destes, mais de 90% foram registrados em Manaus. No último dia 22, o Amazonas divulgou um boletim epidemiológico que informava um total de 1.398 casos confirmados desde o início do ano.

Além do Amazonas, os estados do Acre e Rondônia estão em estado de surto, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O surto atual de Oropouche no Brasil foi inicialmente registrado em 2022 pelo Laboratório Central de Roraima, seguido por registros no Amazonas, Rondônia e Acre.

No início de fevereiro, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta epidemiológico devido ao aumento de casos de Oropouche na região das Américas. A OPAS destacou que a maioria dos surtos afetou pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, com maior incidência em crianças e jovens.

A febre Oropouche é causada por um vírus homônimo, transmitido por picadas de mosquitos infectados. Seus sintomas são similares aos da dengue, incluindo dor de cabeça, febre, dores musculares, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz, calafrios e rigidez articular. Os sintomas geralmente surgem de 4 a 8 dias após a picada e podem persistir de 3 a 6 dias. O diagnóstico da doença é feito por meio de testes em pacientes notificados e com resultados negativos para dengue

Assim como na prevenção da dengue, a melhor forma de evitar a febre Oropouche é eliminar os criadouros de mosquitos transmissores, combatendo focos de acúmulo de água.

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