O Google apresentou nesta quarta-feira (6) o Gemini, sua plataforma de inteligência artificial (IA) generativa, marcando sua incursão no campo em expansão dessa tecnologia para competir com o ChatGPT da OpenAI.
O Gemini, apelidado de “maior e mais capaz modelo de IA” da empresa, visa impulsionar aplicativos do Google e smartphones Android, rivalizando com modelos como o GPT da OpenAI. A plataforma, diferentemente de modelos existentes, é “multimodal”, aceitando diversos tipos de mídia, incluindo texto, imagens, áudio, vídeo e código de programação.
Esta iniciativa reflete as ambições do Google, buscando aplicar o Gemini em diferentes contextos, desde grandes empresas até dispositivos de consumo como o Google Pixel 8 Pro. O chatbot de IA do Google, Bard, já foi atualizado com uma versão do modelo Gemini, e a empresa planeja integrar o Gemini a produtos amplamente utilizados, como o mecanismo de pesquisa do Google e o navegador Chrome.
Essa movimentação ocorre após o sucesso do ChatGPT da OpenAI, que surpreendeu a indústria de tecnologia um ano atrás. O Google busca recuperar a iniciativa, anunciando avanços significativos na computação em nuvem, fundamental para o treinamento de IA. O Gemini foi treinado utilizando processadores baseados em nuvem mais poderosos, prometendo treinar grandes modelos quase três vezes mais rápido.
No entanto, o lançamento do Gemini também destaca a preocupação com resultados enganosos de modelos de IA, e o Google adota uma abordagem gradual, lançando inicialmente o Gemini Ultra para “clientes selecionados, desenvolvedores, parceiros e especialistas em segurança e responsabilidade” para avaliações de segurança.
Esta movimentação representa não apenas uma competição direta no campo de IA generativa, mas também uma oportunidade para o Google consolidar sua posição na computação em nuvem, oferecendo treinamento de IA mais acessível.
