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Governo do Estado declara “Orquestra Maré do Amanhã” como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio

Por: Vinicius Cruz

A Orquestra Maré do Amanhã, um projeto social que ensina música clássica a crianças e jovens do Complexo da Maré, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, recebeu um importante reconhecimento: foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro pelo Governador Cláudio Castro.

O reconhecimento veio pela Lei 10.182/23, sancionada pelo governador Cláudio Castro (PL) e publicada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial. “A música transforma vidas, constrói sonhos e é ainda capaz de revelar talentos para todo o mundo. Além do seu trabalho encantador, que leva a música para os jovens da Maré, a Orquestra Maré do Amanhã cumpre um papel social essencial. Declará-la patrimônio cultural do Estado do Rio simboliza tudo isso, e também é um reconhecimento ao trabalho desses músicos que se dedicam tanto às crianças e adolescentes do Complexo da Maré”, declarou Cláudio Castro.

A iniciativa partiu da deputada estadual Franciane Motta, do União Brasil, que apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa para homenagear a orquestra, que já se apresentou em eventos como o Rock in Rio e no Vaticano, para o Papa Francisco. A deputada destacou a importância do trabalho social e educativo da orquestra, que atende cerca de 4 mil crianças e jovens em 25 creches e escolas da Maré.

“Eu conheço a orquestra há muitos anos e sempre admirei o trabalho que eles fazem. É um projeto que transforma vidas, que leva cultura, arte e cidadania para uma comunidade tão carente e sofrida. A orquestra é um orgulho para o Rio de Janeiro e merece esse reconhecimento como patrimônio cultural imaterial do nosso estado”, disse Franciane Motta.

A orquestra foi fundada em 2010 pelo maestro Carlos Eduardo Prazeres, filho do renomado maestro Armando Prazeres, que foi sequestrado e assassinado em 1999. Carlos Eduardo decidiu voltar à Maré, onde seu pai havia feito apresentações musicais, para criar um projeto que levasse música clássica para as favelas. Hoje, a orquestra conta com mais de 200 integrantes, que tocam instrumentos como violino, violoncelo, flauta, clarinete, trompete, trombone e percussão.

O maestro Filipe Kochem, que acompanha o projeto desde o início, comemorou a conquista da orquestra. “É uma alegria muito grande receber esse título de patrimônio cultural imaterial do Rio. É um reconhecimento do nosso trabalho, que é feito com muito amor, dedicação e profissionalismo. A orquestra é uma prova de que a música clássica pode dialogar com as favelas, que a arte pode transformar a realidade de crianças e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social. A orquestra é um sonho que se tornou realidade”, afirmou Filipe Kochem.

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