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Prefeitura do Rio Pode Pegar Empréstimo de Mais de R$ 700 Milhões com BNDES para Obras em Campo Grande

Na última terça-feira (19/09), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, em primeira discussão, um projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contrair um empréstimo no valor de R$ 702 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a implantação do Plano de Mobilidade Urbana de Campo Grande, na Zona Oeste da capital fluminense.

O Projeto de Lei (PDL 237/2023), que recebeu 35 votos favoráveis, 4 contrários e 8 abstenções, será novamente submetido à votação em breve para aprovação definitiva.

Conforme a proposta do Poder Executivo, para aliviar o trânsito no maior bairro carioca, que abrange mais de 10 mil hectares de área territorial e possui uma população superior a 320 mil habitantes, estão planejadas as seguintes obras: a implantação do Anel Viário de Campo Grande, a conexão entre a Estrada da Posse e a Avenida Brasil, a expansão do binário Rio-São Paulo e do Largo da Maçonaria, e a duplicação da Estrada da Cachamorra. A previsão é que essas obras sejam concluídas até o primeiro semestre de 2025.

“Quando saímos do Centro do Rio e voltamos para nossas casas, o sonho de todo morador de Campo Grande é que a Avenida Brasil pudesse ter pelo menos uma alça para entrar na Estrada do Lameirão, permitindo atravessar a Estrada da Posse e chegar à Avenida Santa Cruz e, eventualmente, ao Rio da Prata, em cerca de 25 minutos. Infelizmente, hoje, para chegar a Campo Grande, é necessário escolher entre entrar no Santíssimo ou na Estrada do Mendanha, o que resulta em um grande desperdício de tempo no trânsito. Portanto, este plano é fundamental para a região”, explicou o vereador Rocal (PSD), presidente da Comissão Especial criada pela Câmara do Rio para abordar a questão do Anel Viário de Campo Grande.

O vereador Átila A. Nunes (PSD), líder do governo na Câmara, afirmou que a Prefeitura do Rio tem trabalhado intensamente para equilibrar as finanças e recuperar a capacidade de investimento.

“Gostaria de deixar claro aqui que essa linha de crédito só foi possível porque conseguimos alcançar o equilíbrio fiscal. Tenho certeza de que estamos em um momento financeiro tranquilo e, nesse cenário, seria um erro negar esses recursos para o Plano de Mobilidade Urbana de Campo Grande, que tanto precisa e merece progredir”, disse.

Por outro lado, alguns vereadores, como Dr. Rogério Amorim (PTB), Felipe Michel (PP), Jorge Pereira (Avante) e Pedro Duarte (Novo), se opuseram ao empréstimo, alegando que se trata de uma simples operação de empréstimo com juros semelhantes aos do mercado e não de investimentos do Governo Federal no Rio de Janeiro.

“Esse projeto não tem relação com mobilidade urbana, mas sim com incompetência gerencial. Trata-se de uma operação financeira com taxas de juros de mercado”, criticou Amorim.

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