Desafios na Atuação da Funai no Rio de Janeiro: Indígenas na Busca por Melhorias.

Indígenas no RJ Expressam Insatisfação com a Funai

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), criada em 1967 como o órgão oficial de proteção aos povos indígenas no Brasil, também tem sua atuação no estado do Rio de Janeiro. No entanto, a série de reportagens #IndígenasNoRJ, produzida pelo DIÁRIO DO RIO, revela que alguns membros das comunidades indígenas não estão satisfeitos com o trabalho atual da fundação.

Embora exista a esperança de melhorias nos próximos meses, com o apoio do Ministério dos Povos Indígenas, liderado por Sonia Guajajara, as aldeias no Rio de Janeiro frequentemente apresentam queixas em relação à Funai.

Desafios e Demandas das Aldeias Indígenas

Na Aldeia Céu Azul, localizada em Maricá, aproximadamente 40 indígenas aguardam ansiosamente a mudança para um novo território dentro do mesmo município. Nesse novo espaço, eles terão a possibilidade de trabalhar a terra e caçar, ao contrário da situação atual, em que estão restritos a uma área de preservação ambiental no Parque da Serra da Tiririca, onde suas atividades são limitadas.

Toni Lotar, um indigenista atuante nas aldeias do Rio de Janeiro desde 2014, ressalta a dificuldade enfrentada devido à escassez de funcionários da Funai no estado. Ele explica que a estrutura da Funai é organizada em Coordenações Regionais (CRs), e a Coordenação Regional que abrange o estado do Rio está localizada em Itanhaém, São Paulo. As aldeias do Rio estão ligadas a uma Coordenação Territorial Local (CTL) em Mambucaba, Angra dos Reis, com uma equipe limitada. As reclamações das aldeias têm sido recorrentes, revelando a necessidade de um maior suporte.

Resposta da Funai e Desafios Enfrentados

Rosângela Maria, à frente da Coordenação Territorial Local da Funai que engloba as aldeias do Rio de Janeiro, compartilhou com o DIÁRIO DO RIO que a equipe enfrenta desafios consideráveis. Com apenas três servidores atuando em CTL Paraty, sendo que um deles tem enfrentado problemas de saúde e afastamentos frequentes, a equipe se vê responsável por um território abrangente, incluindo aldeias em Ubatuba (SP), Paraty, Angra e Maricá. Embora enfrentem dificuldades, eles se esforçam para fornecer suporte virtual e presencial, principalmente no acesso a benefícios sociais, documentação civil e projetos de etnodesenvolvimento.

A série #IndígenasNoRJ revela que a relação entre as comunidades indígenas no Rio de Janeiro e a Funai tem suas complicações. As queixas frequentes e a demanda por melhorias na atuação da Funai sugerem a importância de ações efetivas para garantir o bem-estar e o direito das populações indígenas. À medida que a Fundação enfrenta desafios, é crucial que sejam tomadas medidas para fortalecer e otimizar sua atuação, assegurando que os direitos e necessidades das comunidades indígenas sejam devidamente atendidos.

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