Os hackers estão se aproveitando do interesse mundial na ferramenta de inteligência artificial ChatGPT como parte de uma tentativa de invadir os dispositivos das pessoas, revelou a empresa proprietária do Facebook, Meta, em um relatório de segurança divulgado na quarta-feira, comparando esse fenômeno ao aumento de golpes envolvendo criptomoedas.
A equipe de segurança da Meta descobriu a existência de softwares que ofereciam recursos baseados no ChatGPT por meio de extensões de navegadores e lojas de aplicativos online, que continham malware projetado para fornecer acesso aos dispositivos das pessoas aos hackers. “Do ponto de vista de um ator malicioso, o ChatGPT é a nova criptomoeda”, disse Guy Rosen, diretor de segurança da informação da Meta, a repórteres, indicando que os golpistas agiram rapidamente para explorar o interesse nessa tecnologia.
Desde março, a empresa bloqueou o compartilhamento de mais de 1.000 endereços da web maliciosos que alegavam estar vinculados ao ChatGPT ou a ferramentas relacionadas. Algumas dessas ferramentas incluíam recursos funcionais de IA, mas também continham código malicioso destinado a invadir os dispositivos dos usuários.
A Meta afirmou que “investigou e tomou medidas contra diferentes variantes de malware que se aproveitaram do interesse das pessoas no ChatGPT da OpenAI, fingindo fornecer funcionalidades de IA”.
“Nossas pesquisas, assim como as de especialistas em segurança, mostraram repetidamente que os operadores de malware, assim como os spammers, tentam aproveitar questões controversas e tópicos populares para chamar a atenção das pessoas”, declarou a empresa.
“Com o objetivo final de induzir as pessoas a clicarem em links maliciosos ou baixarem softwares prejudiciais, a recente onda de campanhas de malware percebeu o aumento da popularidade das ferramentas de geração de IA.”