Governo aprova lei que reconhece as escolas de samba como patrimônio cultural

O governo sancionou uma lei que reconhece as escolas de samba como patrimônio cultural. O projeto foi proposto pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). A parlamentar comemorou a aprovação da lei, intitulada Lei Nelson Sargento, em homenagem ao cantor, compositor e sambista da Mangueira, falecido em 2021. “É uma imensa alegria ter a Lei Nelson Sargento, que reconhece as escolas de samba como patrimônio cultural e imaterial do Brasil, sancionada hoje pelo presidente Lula. Um novo tempo de liberdade e democracia chegou. Que os medíocres nunca mais se atrevam a roubar nossa alegria no carnaval”, declarou a deputada.

As escolas de samba surgiram na década de 1920, nos bairros populares do Rio de Janeiro, durante a popularização do carnaval no Brasil e a luta por reconhecimento dos negros na sociedade urbana.

O primeiro concurso de sambas foi realizado em 1929, com a participação da Mangueira, uma das agremiações mais tradicionais do carnaval carioca. A partir dos anos 60, os desfiles das escolas de samba ganharam grandeza, com carros alegóricos elaborados e transmissão televisiva, além de terem um impacto financeiro significativo nas economias locais, impulsionando o comércio e o turismo, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Os desfiles das escolas de samba fazem parte das celebrações do Carnaval em diversas cidades brasileiras.

Um estudo divulgado pela prefeitura do Rio de Janeiro em fevereiro estima que 45 mil pessoas trabalham oficialmente durante o período do carnaval. Em um único dia de desfile, aproximadamente 20 mil pessoas circulam pelo Sambódromo. Em 2022, as escolas do Grupo Especial levaram para a avenida 37,3 mil componentes.

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