A Suzano Papel e Celulose obteve mais uma liminar para a reintegração de posse das áreas invadidas pelo Movimento Sem Terra (MST) no sul da Bahia.
Nesta sexta-feira (3), a Justiça determinou a desocupação da área localizada em Teixeira de Freitas.
A juíza Livia de Oliveira Figueiredo determinou o uso de força policial caso a saída dos invasores não ocorra de forma voluntária.
A empresa já havia obtido decisão semelhante para a propriedade localizada em Mucuri na última terça-feira. Mas até agora o governo da Bahia não cumpriu a decisão.
Outro processo para a desocupação da fazenda em Caravelas segue em análise.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, pediu ao MST para desocupar as fazendas e iniciar negociações com a empresa.
O MST reclama de um acordo de 2011 para assentamento de famílias em áreas da companhia, que não teria sido cumprido. A Suzano alega que o Incra não realizou as desmarcações.
Em entrevista à CNN, Walter Schalka, presidente da Suzano, disse que “não tem diálogo com o MST enquanto não desocuparem as propriedades”.
A legislação brasileira proíbe invasões de terra e só autoriza desapropriações para fins de reforma agrária de regiões improdutivas. As fazendas invadidas pelo MST são produtivas.
A Suzano informa que gera 7 mil empregos diretos e 20 mil indiretos no sul da Bahia.