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Rio busca população sem dose de reforço para frear novo avanço da Covid-19

Com a terceira dose da vacina contra a Covid-19 liberada desde o final do ano passado, quatro em cada dez moradores da cidade do Rio de Janeiro ainda não receberam o reforço, de acordo com o Observatório Epidemiológico do município.

Com o novo avanço da doença sobre a capital fluminense, a Secretaria Municipal de Saúde pretende iniciar nesta semana uma busca ativa pelos cariocas que tomaram a segunda dose do imunizante, mas ainda não retornaram aos postos para o reforço.

Segundo o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, são aproximadamente 1,2 milhão de pessoas aptas que não aderiram ao complemento da imunização. Na última semana, a positividade dos testes para Covid-19 atingiu o maior patamar desde janeiro, com 30% dos exames confirmando a infecção pelo coronavírus. Na semana anterior, o índice era de 24%.

“A gente alcançou uma alta cobertura vacinal com primeira e segunda doses, com 99% dos cariocas. A nossa preocupação, com a nova variante, é justamente avançar com a dose de reforço para proteger as pessoas dos casos graves e internação por Covid-19”, afirmou o secretário.

A busca ativa envolve ligações para as famílias e, em determinados casos, até visita às casas. A estratégia foi utilizada recentemente na proteção de crianças contra a poliomielite na cidade e chegou a dobrar o número de vacinados.

Até a tarde desta segunda-feira (14), 124 pessoas estavam internadas na rede pública do Rio, uma taxa de ocupação de 64% dos leitos disponíveis para regulação.

Apesar da cidade apresentar uma avaliação de risco baixa, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identifica uma forte possiblidade de crescimento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) a longo prazo. De acordo com a Fiocruz, o motivo é um novo avanço da Covid-19.

Vacinação de crianças a partir de seis meses começa nesta quinta

Já a proteção das crianças a partir de seis meses começa nesta quinta-feira (17) na capital fluminense, mas apenas para o público com comorbidades. A cidade vai receber 9.390 doses do imunizante pediátrico da Pfizer.

A vacinação será em dia único e os responsáveis terão que retornar à mesma unidade de saúde mais duas vezes, já que a imunização é realizada em três etapas.

A Secretaria de Saúde do Rio afirmou que já solicitou ao Ministério da Saúde mais doses para as crianças sem comorbidades, mas que ainda não teve resposta.

Desde o dia 10 de novembro, o Rio suspendeu a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em crianças de três a quatro anos de idade devido à falta de vacina. Na quinta-feira (10), a aplicação da segunda dose também foi paralisada.

O secretaria informa que “apesar de reiterados pedidos ao Ministério da Saúde, não há previsão de quando novos aportes da vacina serão enviados para retomar a vacinação desta faixa etária”.

O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que adquiriu mais 1 milhão de doses para a vacinação das crianças de 3 a 4 anos e, assim que as doses forem liberadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), serão distribuídas a todos os estados de forma proporcional.

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