Paes cita Macron e afirma que também vai ‘dificultar a vida de quem não crê na ciência e na vacina’

O prefeito Eduardo Paes afirmou, na manhã desta sexta-feira (7), que a adoção do passaporte da vacinação da cidade é algo “libertador” e destacou, repetindo uma declaração do presidente da França Emmanuel Macron, que pretende dificultar a vida dos não-vacinados. A declaração foi dada na inauguração de um novo centro de testagem na Zona Sul da cidade.

“Nós temos muito orgulho de ter o passaporte da vacinação aqui. Enfim, vou usar uma expressão que o presidente francês usou ontem, que o prefeito de Nova York usou em algum momento. E eu, aqui estou com o passaporte da vacinação, literalmente dificultando a vida daqueles que não creem na ciência e na vacina, até para proteger os outros. Pois o direito à vida está acima dessas liberdades de delirar”, disse o prefeito do Rio.

Em entrevista ao jornal “Le Parisien”, o presidente francês disse que deseja irritar os não-vacinados. O governo quer transformar o passe sanitário em um passe de vacinação. Ou seja, apenas quem for vacinado poderá ter um documento que dá acesso a atividades socioculturais, como restaurantes, bares, espetáculos, cinemas. Um teste negativo recente ou comprovante de ter tido a doença não contam mais.

“Os não vacinados, tenho muita vontade de incomodá-los”, disse o presidente, empregando o verbo ‘emmerder’, considerado vulgar, que também significa “encher o saco”.

No Rio, Eduardo Paes afirmou que o passaporte vacinal é fundamental para que a cidade siga com a programação de eventos.

“Nós vamos sempre exigir o passaporte da vacinação, principalmente em eventos, até para manter os eventos, isso que essas pessoas não entendem. Mas vamos manter a exigência do passaporte da vacinação sempre naquilo que é o necessário ou aquilo que é o possível”, disse Eduardo Paes.

O prefeito afirmou ainda que não é aceitável que as pessoas ainda duvidem da capacidade das vacinas de tornar casos de Covid mais brandos.

“Não há um lugar no mundo que não esteja comprovando que as pessoas que não se vacinaram morrem mais, que as pessoas que não se vacinaram se internam mais. E tomara que sejam salvas, pois temos a obrigação de salvar até aqueles que não têm muita consciência. Mas vamos nos vacinar”, afirmou.

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