Carnaval na Sapucaí deve ter passaporte de vacinação e testagem, diz Paes

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou nesta quarta-feira (5) quais devem ser as exigências para os desfiles das escolas de samba no carnaval da Marquês de Sapucaí. Na véspera, ele anunciou o cancelamento dos blocos de rua.

“Ainda não tem isso totalmente definido (…), a ideia básica é exigir passaporte de vacinação e disponibilizar testagem nas 48 horas que antecedam o desfile de determinada escola, pro público e para aqueles que estão desfilando”, disse em entrevista à GloboNews.

O prefeito disse que o esquema será semelhante ao que aconteceu na reabertura dos estádios de futebol. Ele afirmou ainda que, na cidade, o passaporte de vacinação já é exigido e deixou um recado para turistas.

“Se você é do Rio e quer desfilar na sua escola de samba ou quer ir assistir o carnaval, você tem que estar vacinado. Se você é de outro lugar do Brasil, nós queremos receber você no Rio de Janeiro e será muito bem-vindo, mas se estiver vacinado. Se não estiver vacinado não vai conseguir nem se hospedar na cidade do Rio de Janeiro”

Em nota nesta quarta, a Liga das Escolas de Samba (Liesa) reiterou que os desfiles das escolas de samba estão mantidos.
“A Liesa esclarece que seguirá todas as orientações dos órgãos competentes e protocolos vigentes”.

Alternativa para o carnaval de rua

Paes também falou sobre uma alternativa para os blocos de rua da cidade. Ele disse que os blocos mais tradicionais são muito ligados aos locais onde costumam desfilar, mas que há uma possibilidade de fazerem o cortejo em locais como Parque Olímpico e Parque Madureira.

“A princípio, ontem (terça), a liga disse que os blocos teriam muita dificuldade de se deslocar de território. Mas é uma alternativa colocada para manter a festa de maneira democrática. Só farei isso em locais que possa ser possível essa blindagem sanitária: passaporte de vacinação e testagem”.

Essa alternativa ainda precisa ser aprovada pelo Comitê Científico da Prefeitura e vai depender de qual será a situação epidemiológica no carnaval.

Variante ômicron

A decisão ocorreu após a confirmação da transmissão comunitária da variante ômicron. “Essa variante Ômicron tem um índice de transmissão bastante acelerado. O que temos observado no Brasil e no exterior são casos menores de internação, menos ainda de óbitos”.

“Temos que entender que não vivemos o mesmo momento do início da pandemia, nem mesmo o mesmo que aconteceu um ano atrás, quando houve o repique. Temos hoje a absoluta maioria da população já vacinada e um número elevado de pessoas já com a terceira dose. Também hoje não há coesão social para medidas mais restritivas e mais duras. Então, nosso foco tem sido vacinar, higienizar as mãos, usar máscaras e focar nos bloqueios e controles sanitários”, enfatizou Paes.

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