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Rio de Janeiro enfrenta epidemia de gripe, mais de 23 mil casos são confirmados no estado

Cenário epidêmico ocorre em momento que hospitalizações por conta do COVID-19 estão baixas. Segundo especialistas, ouvidos pela BBC Brasil, um dos fatores que ajudam a entender essa situação é o relaxamento das medidas restritivas e preventivas contra o COVID-19, que mesmo sem ser a intenção primária, ajudam a conter a contaminação e propagação do influenza, o causador da gripe.

Os especialistas também afirmam que é preciso cautela e prevenção, para que a situação não fuja do controle e se espalhe para outras cidades brasileiras. O médico infectologista Alberto Chebabo, diz que, alguns patogênicos que estavam “adormecidos” voltaram a aparecer na cidade, como por exemplo o Influenza, causador dessa epidemia.

Foto: Pixabay - O uso de máscaras é importante para conter a propagação do vírus.© Fornecido por Bolavip Brasil Foto: Pixabay – O uso de máscaras é importante para conter a propagação do vírus.

“Na semana de 29 de novembro a 3 de dezembro, 90% das amostras analisadas pela empresa registaram a presença do influenza H3N2”, relata o infectologista.

De acordo com dados pela Secretaria Municipal do Rio de Janeiro, mais de 23 mil casos já foram detectados. De acordo com o Boletim InfoGripe, publicado pela FioCruz, o número de casos vem crescendo de forma preocupante, e, se não for contida, poderá se espalhar para outras cidades nos próximos meses.

Essa situação é inesperada, pois normalmente os casos de gripe aumentam durante o inverno e outono, onde a temperatura está mãos baixa e as pessoas se agrupam em lugares fechados, facilitando assim, a propagação do vírus. Mas o que explica essa epidemia durante o verão, segundo Chebabo, são três fatores, o primeiro é que essa cepa do influenza, veio do hemisfério norte, que passa pelo inverno atualmente; o segundo fator é que, pelas informações que o infectologista possui, essa mesma variante do influenza é a mesma da Europa e nos Estados Unidos, então alguém pode ter se infectado no exterior e trazido o vírus para o país; e o terceiro fator, e o que melhor explica a epidemia, é que para o vírus se espalhar, precisa de um baixo número de pessoas vacinadas contra a gripe, além de o não seguimento das medidas restritivas contra o COVID-19, que ajuda contra outros vírus.

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