Lixo espacial é armadilha que pode enclausurar a humanidade na Terra

Os sete moradores da Estação Espacial Internacional (ISS) foram acordados mais cedo no último dia 15 de novembro, quando a Agência Espacial Norte-americana (Nasa) iniciou um protocolo de segurança. O objetivo era mover os astronautas para a nave em que chegaram ao espaço, pois uma nuvem de lixo recém-detectada iria passar perto da Estação, colocando os tripulantes em risco.

Pouco depois, o Pentágono confirmou que os destroços haviam sido gerados por um teste antissatélite conduzido pela Rússia no mesmo dia. Em comunicado, o Departamento de Estado Norte-americano classificou a atitude como “irresponsável” e estimou que até então cerca de 1.500 fragmentos rastreáveis haviam sido encontrados.

Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia negou a possibilidade de colisão entre os destroços do teste e de outros objetos em órbita, inclusive a ISS.

O acontecimento, entretanto, não é um caso isolado — e essa é a principal preocupação dos especialistas.

“Hoje nosso principal problema é que continuamos colocando coisas em órbita e algumas quebram, param de funcionar ou colidem entre si, criando outros fragmentos que então colidem com outros objetos”, explica Alice Gorman, arqueóloga espacial e professora da Universidade Flinders, na Austrália, à CNN.

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