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Brasil testa aplicação de reforço em vacinados com dose única da Janssen

Clínicas e hospitais cadastrados no Brasil para conduzir pesquisas científicas envolvendo a vacina anti-Covid produzida pelo laboratório Janssen-Cilag, da gigante farmacêutica Johnson&Johnson, começarão a aplicar a partir deste mês uma dose de reforço em todos os mais de 4.500 voluntários brasileiros que, desde o final do ano passado, receberam a vacina de dose única contra o novo coronavírus. A população que não participa do estudo clínico ainda não será contemplada.

A ideia é que os voluntários sejam monitorados até o fim de 2022 para que se verifiquem se existe a necessidade de uma aplicação extra de vacina e quais são os benefícios de uma dose de reforço do imunizante da Janssen. Dados do Ministério da Saúde compilados até sexta-feira 8 indicam que 2.071.856 doses desta vacina foram aplicadas na região Sudeste, 905.433 no Nordeste, 866.476 na região Sul, 529.612 no Centro-Oeste e 271.783 nos estados da região Sul.

Pesquisa similar já feita com voluntários da Janssen nos Estados Unidos mostra que a aplicação de duas doses da vacina da Johnson&Johnson garante 94% de proteção contra casos sintomáticos de Covid, patamar comparável às vacinas de RNA mensageiro desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna.

Um estudo ainda em fase 2 desenvolvido pela J&J com pacientes americanos indica que a aplicação de duas doses da vacina com intervalo de 56 dias entre elas proporciona 100% de proteção contra casos severos de Covid e 94% contra episódios de moderados a graves.

Outro estudo da J&J (ao todo, três grandes pesquisas sobre a vacina anti-Covid produzida pela Janssen estão em andamento) aponta que uma segunda dose a partir de seis meses depois da aplicação idealizada para ser de dose única aumenta em doze vezes o nível de anticorpos. Quando o reforço é ministrado em até dois meses, o nível de anticorpos é ampliado em quatro vezes.

Segundo comunicado da Janssen, uma pesquisa ainda na fase de pre-print sobre a efetividade da vacina no mundo real, desenvolvida com 390.517 casos de americanos no mês de julho, quando a variante Delta já era amplamente registrada no país, mostrou que o imunizante de dose única é 81% eficaz na prevenção de hospitalizações e 79% contra o contágio pelo vírus.

A Johnson&Johnson avalia agora pedir autorização da FDA, a agência de regulação de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, para a aplicação em larga escala de sua vacina de duas doses.

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