Afeganistão enfrenta colapso na economia em primeira semana sobre o Talibã

Enquanto o Talibã comemora a retirada das tropas americanas e da OTAN do Afeganistão , a economia do país enfrenta dias de colapso. A sensação para milhões de afegãos é de incerteza, com filas para retirar dinheiro dos bancos, salários em atraso, inflação galopante e fome.

Desde que a capital Cabul foi tomada pelos extremistas, em 15 de agosto, o país foi isolado das instituições financeiras internacionais, prejudicando o funcionamento dos bancos e fazendo com que funcionários do governo não recebessem salário.

Além disso, mais de 500.000 afegãos precisaram se deslocar internamente durante os meses de avanço do Talibã, provocando ainda mais desordem nas finanças internas e nos serviços públicos.

O Secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou na última terça-feira, 31, sobre uma iminente ‘catástrofe humanitária’, já que o estado não tem conseguindo atender às demandas mais básicas dos cidadãos.

Há ainda preocupação com a capacidade dos Talibãs em lidar com problemas de alta complexidade da economia, incluindo a gestão de recursos do estado, finanças do governo e a gestão dos hospitais que atendem doentes da covid-19.

Nesta quarta-feira, membros do conselho do Banco Central do Afeganistão fizeram um apelo ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para que liberassem recursos para o país.

No mês passado, os americanos congelaram cerca de 9,5 bilhões de dólares em ativos pertencentes ao país.

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