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Pela 1ª vez desde o início da pandemia, a cidade de São Paulo registrou falta de oxigênio para o tratamento de pacientes com covid-19. Na noite de 6ª feira (19.mar.2021), 10 pacientes foram transferidos por falta do insumo médico em uma das unidades de saúde da cidade mais populosa do Brasil.

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, não recebeu os cilindros necessários, segundo a prefeitura. A empresa White Martins, produtora dos cilindros utilizados nos hospitais, negou qualquer atraso ou problema de fornecimento.

O Hospital Municipal Doutor Ignácio de Proença Gouveia também chegou perto do desabastecimento de oxigênio. Mas uma nova remessa foi feita a tempo de impedir a transferência de pacientes.

De acordo com Edson Aparecido, secretário de Saúde da cidade de São Paulo, não há falta de oxigênio, apenas um problema de logística de distribuição. Em entrevista à CNN Brasil, ele afirmou que a UPA pediu o reabastecimento de oxigênio às 11h da manhã de 6 ª feira (19.mar), mas o pedido não foi atendido rápido o suficiente para o atendimento dos pacientes.

“A empresa não conseguiu nos atender até o final da tarde, e aí a equipe médica tomou a atitude correta de fazer a transferência dos dez pacientes para o Hospital Itaquera”, disse.

Aparecido afirmou ainda que a cidade tem enfrentado problemas na distribuição por causa do aumento da demanda. Segundo ele, unidades que abasteciam o estoque de oxigênio uma vez por semana, passaram a fazer o abastecimento 3 vezes por dia. O secretário disse que a prefeitura está em busca de novos fornecedores e usinas para suprir a demanda da pandemia.

Em nota ao jornal O Estado de São Paulo, a empresa White Martins negou que faltou oxigênio na UPA de Ermelino Matarazzo. “O sistema de abastecimento de oxigênio na unidade funcionou para que o produto continuasse sendo fornecido ininterruptamente, conforme as normas vigentes no país“, diz a empresa.

De acordo com a nota, a UPA consumiu todo o oxigênio do tanque na 6ª feira e o sistema passou a usar a central reserva dos cilindros. Antes que a reserva acabasse, o reabastecimento do tanque foi realizado. Mas a empresa alertou também que o uso do oxigênio dessa forma em UPAs causa problemas no sistema e no abastecimento.

A White Martins tem alertado exaustivamente seus clientes sobre os riscos envolvidos na transformação de unidades de pronto atendimento em unidades de internação para pacientes com Covid-19 sem um planejamento adequado“, diz em nota.

ESTADO DE SÃO PAULO

Na noite de sábado, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) afirmou que o Estado está em busca de novos contratos para garantir o suprimento de oxigênio nas unidades de saúde estaduais. Em seu perfil no Twitter, ele afirmou que o tema será tratado na 2ª feira (22.mar) em uma reunião com empresas do setor.

O Governo de SP, através da Secretaria de Saúde, está negociando com os maiores fabricantes de oxigênio do país novos contratos para garantir o fornecimento adicional de oxigênio aos hospitais estaduais de SP. Nesta segunda-feira, às 9h, teremos nova reunião com empresas do setor“, afirmou.

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