O Estado do Rio de Janeiro está em uma terceira onda de transmissão da Covid-19, causada, em sua maior parte, pela variante de Manaus da Covid. A avaliação é do médico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado, Alexandre Chieppe, em entrevista ao G1.
Segundo ele, já existe uma prevalência no Estado da variante P1, que já foi encontrada em quase 80% das amostras analisadas pela Secretaria de Saúde. Chieppe também afirma que a secretaria está estudando a relação entre a nova variante e hospitalizações de pessoas mais jovens e que os dados preliminares dos estudos indicam esta tendência.
“A gente vive no Rio de Janeiro uma terceira onda de transmissão. Nós vivemos uma segunda onda de novembro a dezembro e início de janeiro, e agora a gente vive uma terceira onda, muito provavelmente relacionada a essa variante P1”, afirmou o médico.
Em meados de março, um especialista da Fiocruz já indicava que o Rio poderia estar na subida de uma nova curva de aumento de casos e mortes de pacientes.
A declaração ocorre dias depois de a secretaria iniciar sequenciamento genético das novas variantes da doença, no pior momento para a Saúde, segundo a própria secretaria. Por isso, o cuidado aumenta, diz o médico da subsecretaria.
“Não muda em termos de medidas, mas muda em termos de risco. A gente sabe que é uma cepa que se propaga com mais facilidade, e, portanto, a possibilidade de ocorrência de surtos é maior”, alerta.
Apesar disso, e do aumento de casos reconhecidos por ele mesmo, Chieppe não acredita que o desrespeito às recomendações sanitárias seja o principal motivo do momento atual do Estado em relação ao número de casos da doença.
