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Falta d’água pode atingir mais de 25 locais do Rio e 4 cidades da Baixada Fluminense, segundo Cedae

Vinte e seis localidades do Rio de Janeiro podem sofrer com o desabastecimento nesta quinta-feira (3), segundo a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). A empresa destaca que o problema é causado por uma falha em uma bomba na Elevatória do Lameirão, em Senador Vasconcelos, na Zona Oeste do Rio, e afeta 1 milhão de pessoas.

Há duas semanas, um dos motores quebrou, reduzindo a capacidade de bombeamento de água a 75%.

Depois de 15 dias de problemas, a Cedae passou a divulgar desde terça (1°) um mapa com as regiões afetadas. Em paralelo, a empresa está fazendo um rodízio de abastecimento para minimizar os transtornos à população.

Confira abaixo as regiões onde pode faltar água nesta quarta-feira:

Zona Oeste: parte de Campo Grande, Senador Vasconcelos, Santíssimo, Jabour, Inhoaíba, Cosmos, Senador Camará, Sepetiba, Santa Cruz, Realengo.

Zona Norte: Parte da Tijuca, Grajaú, Rio Comprido, Riachuelo, São Francisco Xavier, Rocha, Sampaio, São Cristóvão, Camarista Méier, Parte da Ilha do Governador, Ricardo de Albuquerque, Anchieta, Benfica.

Zona Sul: Ipanema, Laranjeiras

Região central: Santa Teresa

Baixada Fluminense: Queimados, Nova Iguaçu, Japeri, Belford Roxo

Morador cria ‘engenhoca’

Mesmo com a divulgação, moradores de regiões que deveriam estar recebendo água reclamam que não são abastecidas. Em Quintino, na Zona Norte, os moradores reclamam que vivem transtornos com as torneiras secas.

Um dos moradores armazena água da chuva em galões e criou uma engenhoca que separa resíduos sólidos e abastece a cisterna da casa com água. Porém, com a falta de chuva, o problema persiste.

O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, disse que a situação é complexa e que o prazo para que o sistema volte a operar com 100% de sua capacidade é 20 de dezembro.

“É uma coisa que tinha que ser resolvida antes. Estourou aqui, mas esse motor já vinha, a informação que eu tenho é que isso já tá licitado desde o ano passado. O material chegaria aqui durante a pandemia. Tem um cobre que só no Chile faz e que por causa da pandemia lá a gente não tá conseguindo importar”, disse Castro.

“Então, tudo isso gerou uma dificuldade, não é um problema simples, um erro simples, que a gente possa pegar uma chave e resolver”.

“Tá sendo resolvido, o prazo é que entre 15 e 20 de dezembro esteja completamente solucionado. E estamos trabalhando todo dia para que isso seja antecipado”, completou.

Gabinete de Crise

Para reduzir os impactos, a Cedae recomenda que as pessoas economizem água durante esse período e anunciou outras medidas:

  • Ações operacionais e manobras no sistema para redirecionar e equilibrar a distribuição de água nas redes de abastecimento;
  • Atendimento prioritário com carros-pipa para hospitais e serviços essenciais;
  • Disponibilização de carros-pipa para atendimento à população pelo telefone 0800 282 11 95;
  • Criação de um Gabinete de Crise para acompanhamento das ações.

 

Em entrevista do Bom Dia Rio na quarta (2), o presidente da Cedae, Edes Fernandes de Oliveira, disse que o foco atual é na correção da falha e que trata-se de um problema “crítico e inédito”.

Segundo ele, durante a pandemia, houve dificuldade de conseguir matéria-prima suficiente para fazer o reparo e não havia um motor reserva.

“O motor que apresentou problema no dia 14 de novembro já está em seu processo de andamento de reparo. (…) A empresa [que faz o reparo] alegou a dificuldade da pandemia para obtenção da matéria-prima. É uma coisa que saiu do controle da Cedae. Ela já conseguiu a matéria-prima e a gente está trabalhando para que esses prazos sejam encurtados o mais breve possível para a gente trabalhar com a elevatória a 100% e poder estabelecer a normalidade da elevatória”, fala Oliveira.

“Estamos sem água para cozinhar, para tomar banho. Estamos levando roupa para lavar nas casas de parentes, buscando água na casa dos outro s e trazendo”, afirmou Luiz, que vive na região.

 

A mesma reclamação vem dos moradores de São Cristóvão. Eles também tentam abastecer parte das casas com água da chuva.

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