Na última sexta-feira, 4, vencia o prazo que o governo americano deu para a chinesa Bytedance, dona do aplicativo TikTok, completar a venda das operações americanas da rede social. E o governo americano decidiu que não vai estender o prazo para a empresa asiática, mas as negociações poderão continuar, disseram duas fontes próximas ao assunto à agência de notícias Reuters.
Na noite da sexta-feira, um porta-voz do Departamento do Tesouro dos EUA disse que o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos EUA (CFIUS, na sigla em inglês) “está em conversas com a Bytedance para que a venda seja completada, bem como os passos necessários para resolver os riscos à segurança nacional”. Nos últimos meses, o CFIUS vinha estendendo o prazo para que a chinesa vendesse sua rede social de sucesso nos EUA.
É um passo em uma novela que tem se arrastado desde o primeiro semestre, depois que o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva proibindo que o TikTok e seu compatriota WeChat operassem nos EUA – sem apresentar provas, Trump afirmou que os dois sistemas captam dados de cidadãos americanos e os repassam ao governo chinês. Inicialmente, a data limite para a venda era de 12 de novembro, mas o TikTok ganhou duas extensão de prazos.
Procurados pela Reuters, o Departamento de Justiça dos EUA não estava imediatamente disponível para comentar o tema. A Casa Branca não comentou. E o TikTok se recusou a comentar o tema.
Sob pressão, a Bytedance tem negociado há meses para fechar um acordo com o Walmart e a Oracle para vender os ativos do TikTok nos EUA e criar uma nova empresa capaz de satisfazer os pedidos do governo americano. A empresa tem submetido diversas propostas para o governo americano liberar a transição – neste caso, Oracle, Walmart e os investidores americanos da Bytedance serão responsáveis por cuidar dos dados e da moderação de conteúdo da rede social nos EUA.