AMBULATÓRIO DE DOENÇA FALCIFORME DE MAGÉ É TEMA DE ESTUDO EM UNIVERSIDADES

Com mais de 400 atendimentos entre adultos e crianças desde a inauguração em 2017, o Ambulatório de Anemia Falciforme do município de Magé é referência em atenção hematológica na Baixada Fluminense. Devido ao atendimento humanizado e especializado, o ambulatório já foi tema de trabalhos de conclusão do curso de alunos de universidades do Estado do Rio.  No ano passado, o ambulatório foi alvo de estudo do curso de Biologia do Cederj Magé e agora para alunas da Unigranrio do Polo de Duque de Caxias.

Beatriz Salles, moradora de Duque de Caxias, de 27 anos de idade, foi estagiária no ambulatório e deu ideia do tema “fiz dois estágios supervisionados aqui no ambulatório e através do dia a dia, surgiram as ideias e inquietações, que agregaram bastante na escolha do tema. Além do papel, o trabalho é prático, tivemos a possibilidade de vivenciar o trabalho das equipes de perto e dos pacientes também contribuindo bastante em nosso currículo acadêmico”, explicou.

A Juliana Monteiro que também compõe o grupo de TCC, mora em Magé e escolheu o curso de Serviço Social por considerar uma profissão nobre e desafiadora.”A gente sabe que não é fácil toda essa questão de recursos, e dos números que vem crescendo positivamente em relação aos atendimentos, mas a equipe da unidade tem feito um trabalho com excelência. A doença falciforme também não ser tão visível na sociedade, despertou bastante nossa curiosidade” explicou.

A professora do curso de Serviço Social da Unigranrio e orientadora do grupo de TCC, Vaniele Copello, ressaltou a importância da realização deste trabalho nos dias atuais e que através dele os alunos passam a enxergar o processo de ensino-aprendizagem, como um momento de troca. “Nos deparamos com desigualdades raciais e de gênero, e trazer esta temática é de grande relevância, pois permite que a Doença Falciforme ganhe visibilidade, a partir desta produção acadêmica, e se faz fundamental em relação as políticas públicas voltadas para as doenças de maior prevalência na população negra, além de materializar o Projeto Ético na profissional de Assistente Social” afirmou.

A frente do ambulatório como coordenadora e assistente social, Isabel Cristina Gama ressaltou a importância desse tipo de trabalho. “É fundamental as universidades estarem descobrindo o nosso ambulatório como temas de pesquisas acadêmicas. A doença ainda é desconhecida para muita gente, e através do trabalho acadêmico a informação se multiplica e alcança os grupos mais vulneráveis, recuperando a autoestima desses pacientes, a vontade de viver e a qualidade de vida”.

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