MAIS DE 80 PACIENTES TIVERAM ALTA NO CENTRO DA COVID-19 EM SANTO ALEIXO

O Centro de Tratamento para a Covid-19 em Santo Aleixo, inaugurado em abril deste ano, foi um dos primeiros hospitais de campanha a funcionar na Baixada Fluminense. Desde a inauguração, mais de 80 pacientes já tiveram a tão sonhada alta. Na saída da unidade, os pacientes passam por um corredor, onde são aplaudidos por toda equipe. Nesse período difícil de pandemia, o corredor da unidade passou a ser o “corredor da esperança” onde muita gente que venceu a doença, recomeça a vida com seus familiares.

Maria Rita Simões Martins, de 81 anos, venceu a Covid-19 após ficar internada por 21 dias. Na alta, a filha Mônica não resistiu e abraçou a mãe, a emoção tomou conta de todos. “Queria agradecer a Deus em primeiro lugar e depois aos profissionais de Saúde do Centro da Covid-19 pelo tratamento e todo cuidado prestado à minha mãe. O trabalho dos profissionais desse hospital é feito com muito carinho e dedicação”, agradeceu.

Hoje vencemos novamente! Não vencemos por mérito nosso, foi mérito dos céus. Foi Deus o tempo inteiro cuidando dela e de nós. Agradeço ao Centro de Tratamento ao Covid de Magé por todo tratamento dado a minha avó. Agradeço ao meu grande amigo Davi, que também é médico, por todas as consultas por telefone e pelas tentativas de nos acalmar e aos amigos que estiveram em oração por nós o tempo inteiro. Em 1938, minha avó nasceu! 1969, foi atropelada na Avenida Brasil! 1998, atropelada por uma moto. 2000, atropelada por uma bicicleta. 2015, teve um AVC e em 2020, saiu vitoriosa da Covid-19”, publicou na rede social.

Letícia Vieira, 28 anos, tem Síndrome de Down e após sete dias internada também venceu a Covid-19, saiu do hospital andando e fazendo o sinal de coração para os profissionais. Por ser especial, ela foi acompanhada pela mãe neste período difícil. “Por ela ter Síndrome de Down e ser diabética, eu como mãe tive muitos receios e muitos medos. Foi muito difícil esse momento, mas graças a Deus pude estar presente com minha filha. Mesmo sendo enfermeira e trabalhando na linha de frente, teve momentos que desanimei, e cheguei a pensar que perderia minha filha e que ela não resistiria. Ao ver minha filha hoje com saúde, é muito gratificante e um sentimento de alívio. Por ela não saber explicar o que estava sentindo, eu considero a recuperação dela um milagre. Ela é filha adotiva, digo que é filha do coração, mas a ligação que a gente tem é muito forte, a gente conversa com o olhar. E só de olhar, eu sabia o que ela estava sentindo e passava para o médico”, explicou emocionada.

O pai da jovem, Luiz Carlos Furtado acompanhou de longe a recuperação da filha “Foi um momento muito difícil e triste, ficar longe da minha filha nesses sete dias busquei forças em Deus. Minha esposa passava todas as notícias por telefone e isso me confortava muito. Minha filha é uma guerreira e eu sabia que ela ia vencer, pois já havia passado por muitas coisas antes como outras internações”, descreveu.

Os pacientes não recebem visita e mesmo à distância o atendimento é humanizado, com boletins diários dos pacientes fornecidos pelos assistentes sociais aos familiares.

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