Vereadores aprovam abertura de processo de impeachment do prefeito de Barra Mansa

Os vereadores de Barra Mansa, no Sul do Rio de Janeiro, aprovaram na manhã desta quarta-feira (29) a abertura do processo de impeachment contra o prefeito Rodrigo Drable (Democratas). A votação aconteceu durante a primeira sessão realizada na Câmara Municipal após o afastamento do prefeito por suspeita de corrupção. Foram 14 votos a favor da abertura do processo de impeachment e duas abstenções (veja abaixo como votou cada vereador).

O pedido de impeachment foi feito pelo vereador Marcell Castro, que não pode participar da votação desta quarta-feira. A suplente Cristina Magno (PTB) ocupou a cadeira de Marcell durante a sessão.

Assim que o pedido de impeachment foi aprovado, foram sorteados três vereadores para compor uma comissão que vai conduzir o processo. Os membros desta comissão são os vereadores Gustavo Gomes (presidente da comissão), Professora Maria Lúcia (relatora) e Daniel Volpe.

Rodrigo Drable é investigado por um suposto esquema de pagamento de propina para que vereadores votassem a favor da aprovação das contas públicas referentes ao ano de 2018. Em um vídeo encaminhado junto com a denúncia feita ao Ministério Público, Rodrigo Drable aparece oferecendo R$ 30 mil ao vereador Gilmar Lélis.

Na manhã do dia 14 de julho, agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro e policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão na prefeitura, na casa do prefeito e em outros três endereços ligados a pessoas suspeitas de fazerem parte do esquema, entre eles, o presidente da Câmara, Paulo Afonso Sales Moreira da Silva, o Paulo Chuchu, do Democratas, e o vereador Zélio Resende Barbosa, o Zélio Show, do PRTB, que aparece no vídeo.

Rodrigo Drable chegou a ser preso em flagrante durante a operação por posse de arma de fogo sem o devido registro, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil.

Além do prefeito Rodrigo Drable, também foram afastados dos cargos, por decisão do Tribunal de Justiça, o presidente da Câmara, Paulo Chuchu, e o vereador Zélio Show. Essa investigação é na esfera criminal e ocorre paralelamente ao processo de impeachment.

Paulo Chuchu (à esquerda) e Zélio Show também são investigados — Foto: Divulgação
Paulo Chuchu (à esquerda) e Zélio Show também são investigados — Foto: Divulgação

No dia 15 de julho, a vice-prefeita Fátima Lima, do PSC, assumiu o cargo de prefeita interina, no lugar de Rodrigo Drable. O vereador Luis Antonio Cardoso, do Democratas, assumiu a presidência interina da Câmara Municipal. Não foram convocados suplentes para as cadeiras dos vereadores Paulo Chucu e Zélio Show porque eles não perderam o mandato, estão apenas afastados do cargo durante o período de investigação.

Como votou cada vereador:

A favor da abertura do processo de impeachment:

  • Wellington Pires (PL)
  • Daniel Volpe Maciel (PP)
  • Gilson Poxa Vida (PSDB)
  • Jayme Alves (Republicanos)
  • Gustavo Gomes (Republicanos)
  • Elias da Corbama (Democratas)
  • Marquinho Pitombeira (Democratas)
  • José Abel (Republicanos)
  • Renatinho (PP)
  • Professora Maria Lucia (Solidariedade)
  • Vicentinho (PSB)
  • Gilmar Lelis (Cidadania)
  • Tiago Valério (Cidadania)
  • Mauro Sabino (Cidadania)

Se abstiveram da votação:

  • Roberto Beleza (PSC)
  • Cristina Magno (PTB) – suplente do vereador Marcell Castro, que não pode participar da votação porque foi o autor do pedido de impeachment

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