Álex Rins precisou superar a dor para completar o GP da Andaluzia. O espanhol voltou às pistas apenas dias depois de ter sofrido uma fratura no ombro direito no GP da Espanha da semana passada.
Ao contrário de Marc Márquez e Cal Crutchlow, Rins não passou por cirurgia, mas fez diversos tratamentos ao longo da semana para tentar se recuperar para a segunda etapa da temporada 2020 da MotoGP. Álex perdeu apenas o terceiro treino livre e se classificou na 20ª colocação no grid andaluz.
“A corrida foi inacreditável. Eu já estava sofrendo no momento que me juntei ao grid antes da largada”, disse Rins.
Apesar das condições físicas do espanhol, a Suzuki aproveitou a corrida de Jerez para debutar o dispositivo que auxilia na largada. O chamado ‘holeshot’ foi trazido do motocross pela Ducati e baixa o centro de gravidade da moto, mantendo a dianteira grudada ao chão.
“Tive uma largada incrível, mas, conforme as voltas foram passando, comecei a sentir mais e mais dor”, relatou.
Beneficiado por abandonos e quebras, Rins recebeu a bandeirada na décima colocação, 27s091 atrás de Fabio Quartararo, o vencedor.
“Com sete voltas para o fim, era realmente difícil continuar, mas, depois de todo o trabalho que fiz desde o último fim de semana, assim como os médicos e o meu time, eu só queria continuar”, falou. “Nunca perdi a fé e isso me permitiu chegar ao décimo lugar”, apontou.
De volta aos boxes após a corrida, um Álex visivelmente esgotado foi recebido com aplausos pela equipe. Chefe da Suzuki, Davide Brivio agradeceu o #42 pelo empenho.
“Tenho de dizer muito obrigado ao Álex pelo incrível esforço que fez depois da lesão séria que sofreu na semana passada”, falou Brivio. “Ficar na moto por 25 voltas neste calor foi muito duro e ele realmente merecia o décimo lugar. Vimos muitas quedas e foi uma corrida dura para todo mundo”, completou.