O Centro de Tratamento para a Covid-19 está com 15 dos 30 leitos ocupados. O hospital municipal de campanha de Magé, instalado em Santo Aleixo é a referência nesta pandemia e já esteve com quatro pacientes, em média, nas semanas anteriores.
“A gente pode perceber uma queda no início de julho, com uma média de quatro a seis pacientes. E desde a última segunda as solicitações das emergências aumentaram. Todos os dias são dois a três novos pacientes. O resultado desse relaxamento está chegando agora e estamos com 50% dos leitos ocupados. E nesse ritmo, podemos chegar a 80% de ocupação neste final de semana”, alertou o diretor da unidade, Junior Reis.
“O Ministério da Saúde nos alertou na última semana sobre a possibilidade de uma nova onda de casos da Covid-19 que afetaria todo o país. De ontem para hoje o aumento em todo o país foi absurdo. É importante que todos nós mageenses tenhamos consciência de que essas festas clandestinas e ações com aglomeração multiplicam a contaminação”, complementou a secretária Carine Tavares.
De acordo com o painel de monitoramento da pandemia do Ministério da Saúde foram registrados 67.860 novos casos nas últimas 24h, um aumento de 26 mil casos em comparação ao dia anterior, em que os gráficos oficiais do governo federal apontam 41.008 casos novos na última quarta-feira.
Riscos de sequela
O paciente depois que se recupera da internação pela Covid-19, pode ir pra casa com alguns efeitos que o novo coronavírus deixa na pessoa, explica o diretor médico do Centro de Tratamento para a Covid-19, Felipe Lindgri:
– O paciente predispõe ao AVE (Acidente Vascular Encefálico), pode prejudicar o coração e o pulmões, e a pessoa pode ir pra casa com alguma sequela. Também tem um efeito direto no rim, é um órgão importante que pode ser sequelado pela doença. Vivemos uma fase difícil, de todo mundo ficar assustado com a doença e parece que houve um relaxamento coletivo de que teria chegado ao fim da pandemia. Temos que ter essa preocupação com uso de máscara que é extremamente importante e o distanciamento social de que essa pandemia não acabou e pode ficar pior, alertou o especialista.
