Maioria acredita ter direito a conversas sem rastreamento, diz Datafolha

Levantamento realizada pelo Datafolha de 22 a 25 de junho mostra que 75% dos brasileiros dizem acreditar que as pessoas têm o direito de ter uma conversa online privada sem que suas mensagens sejam rastreadas. Outros 23% disseram não acreditar que as pessoas têm esse direito, e 2% não souberam responder.

À pesquisa, encomendada pelo Facebook, 67% dos brasileiros afirmaram ser mais importante a remoção rápida de conteúdos nocivos identificados pelas empresas de internet do que fornecer aos usuários que postaram esses conteúdos tempo de se defender previamente.

Para 28% dos entrevistados, o mais importante é que as pessoas possam se defender antes de qualquer remoção de conteúdo online, e 5% não souberam responder.

O Datafolha ouviu 1.517 pessoas nas 5 regiões do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Privacidade 

O mais recente texto do Projeto de Lei 2630/2020, em tramitação no Senado, propõe obrigar apps de mensagens como WhatsApp, Messenger e Telegram, a monitorar as mensagens de todos os usuários e guardar por 3 meses registros de mensagens encaminhadas, incluindo as informações de contato dos usuários, data e horário de encaminhamento, e o total de pessoas que receberam a mensagem.

O PL estabelece, também, a exigência de confirmação da identificação de todos os usuários, inclusive por meio da apresentação de documento de identidade válido, para o uso de redes sociais e serviços de mensagens.

Na pesquisa do Datafolha, 67% dos entrevistados responderam ser contra a obrigatoriedade de ter que fornecer mais dados pessoais, como documentos de identidade, para criar uma conta em redes sociais.

Outros 31% dos entrevistados afirmaram concordar com a obrigação de fornecer mais dados às empresas de internet, e 2% não souberam responder.

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