Uma desempregada do Rio de Janeiro encontrou na rua uma carteira com R$ 1 mil. Mesmo precisando do dinheiro, ela caminhou por quase meia hora até uma agência da Caixa Econômica Federal para devolver o dinheiro e os documentos. A dona foi localizada, agradeceu a boa ação e explicou que aquele era o benefício que havia recebido para comprar alimentos para os filhos.
Helena Maria do Nascimento, de 64 anos, encontrou a carteira quando saída de casa, em Barros Filho, na Zona Norte. Além de R$ 1.140, a carteira tinha um cartão da Caixa e documentos.
Por só ter o dinheiro de uma passagem, R$ 4,05, ela foi caminhando até a agência mais próxima por 20 minutos e voltaria de ônibus.
Viviane Guedes, que trabalha na agência, se comoveu com a situação e gravou um vídeo para mostrar para Daniele dos Santos, a dona da carteira.
“Estou na Caixa para depositar o dinheiro porque ele não é meu. Eu não tenho, mas não vou ficar com o que não me pertence. É uma boa ação. Estou com o coração consciente de que fiz a coisa certa e feliz que a Daniele vai ter uma pessoa amiga que devolveu o que era dela”, disse Helena.
A gerente ficou tocada com a situação e pagou um carro para que Helena pudesse voltar para casa.
Horas depois, Daniele, a dona da carteira, apareceu na agência para cancelar o cartão. Ela tinha sacado o dinheiro do Bolsa Família e passou em um mercado. Só em casa se deu conta de que a Bolsa tinha rasgado e a carteira caído.
Ela refez o caminho até o mercado e a agência em busca da carteira. Ele se surpreendeu ao ver que o dinheiro havia sido depositado por Helena.
“Senti meu coração aliviado e rezei bastante para agradecer à pessoa que fez isso por mim. Se um dia eu encontrar a Dona Helena vou agradecer demais, ela foi uma boa alma”, disse Daniele, emocionada.
Viviane disse que, em meio à pandemia, a história foi um alívio.
“A Dona Helena foi um anjo que cruzou o caminho da Daniele e é uma pessoa de princípios, que alegrou a nossa sexta-feira. São pessoas como ela que nos motivam a sair de casa todos os dias para atender ao público”, explicou a funcionária.