Brasil é país da América Latina menos comprometido com isolamento social

Apesar de estar na parte ascendente da curva de contaminações e mortes por covid-19, o Brasil segue pouco comprometido com o isolamento social.

Segundo levantamento do time global de analistas do Citi, o índice de mobilidade comunitária calculado pelo banco com base em dados do Google caiu 41% no Brasil em 26 de abril. Foi a redução mais fraca num grupo de 11 países latino-americanos.

Na média do continente, a queda foi de 51%, com retração mais forte no Peru (-90%), Panamá (-88%), Colômbia (-70%) e Argentina (-65%). Depois do Brasil, o país em que a movimentação de pessoas foi menos afetada é o México (-46%), seguido do Uruguai (-49%).

O indicador estimado pelo Citi é uma média da variação da frequência em quatro categorias disponibilizadas pelo Google: varejo e recreação, transporte público, locais de trabalho e supermercados e farmácias.

A mobilidade na data de referência, calculada a partir das informações da localização de telefones celulares, é comparada à movimentação média dos mesmos dias da semana no período de 3 de janeiro até 6 de fevereiro.

De acordo com esse critério, o confinamento social no Brasil está mais frouxo do que a média global, que mostrou recuo de 43% na mobilidade da população em igual período. O país também teve redução mais fraca do que a registrada na média de mercados emergentes (-45%).

Em relação à semana anterior, observa a equipe global de análise do banco, houve um pequeno relaxamento do distanciamento social no mundo. Já no Brasil, a queda na movimentação de pessoas apontada pelo Google ficou 3 pontos percentuais maior em igual ordem.

“Nas próximas semanas, o grau de distanciamento social deve ter moderação, já que há expectativa de que 25 economias sejam reabertas no segundo trimestre”, afirmam os analistas do Citi em relatório divulgado na última sexta-feira.

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