Quem tentou pegar as barcas ou o trem na manhã deste sábado (21) no Rio se deparou com um rígido controle do governo. Conforme decreto publicado pelo governador Wilson Witzel na última quinta-feira (19), os sistemas ferroviário e aquaviário, que ligam a região Metropolitana à cidade do Rio, passam a atender somente serviços essenciais.
Por um prazo inicial de 15 dias, apenas embarcam trabalhadores de setores definidos como essenciais, e pacientes em tratamento de saúde (munidos de atestado, agendamento ou outro documento que comprove a condição).
Há pontos de controle em 18 estações (14 da SuperVia, três do metrô e uma da CCR Barcas), onde a Polícia Militar realiza a triagem dos usuários. O trabalhador é obrigado a apresentar documento de identidade profissional, carteira de trabalho ou crachá funcional acompanhado de identidade oficial.
São considerados essenciais servidores públicos em serviço (forças armadas, bombeiros, agentes da segurança); profissionais do setor de saúde (inclusive os que prestam atendimento domiciliar); do setor de comércio relacionado a alimentos (mercados, farmácias, pet shops); do setor de transporte e logística (transportadoras, portos e aeroportos, motoristas de transporte público, correios, porteiros, imprensa, etc) e do setor industrial (alimentos, farmacêutica, material hospital, produtos de higiene e limpeza, ração, coleta de lixo etc).
Dez estações da SuperVia (Presidente Juscelino, Olinda, Lages, Paracambi, Coelho da Rocha, Agostinho Porto, Vila Rosali, Jardim Primavera, Campos Elíseos e Corte 8) e duas das barcas (Charitas e Cocotá) estão fechadas.
A restrição na circulação faz parte de uma série de medidas restritivas adotadas pelo estado para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. Também está proibido ir à praia e à academia, e os restaurantes funcionam com 30% da capacidade.