A mais recente onda de revolta e protestos em Magé, por causa da morte de um jovem aprendiz do comércio local, atribuída à polícia, revela uma fragilidade que se confunde. A guada municipal não tem como atribuição enfrentar situações dessa envergadura nem combater criminosos perigosos. A manutenção da ordem pela guarda municipal tem a ver com assuntos de organização urbana, choques de ordem para conter abusos do comércio e no trânsito, dentro dos limites da municipalidade, bem como a contenção do crescimento acelerado das atividades econômicas informais.
Assuntos de polícia são atribuições específicas da polícia. E a polícia, meus senhores, é de responsabilidade do Estado, não do município. Portanto, se o efetivo da polícia militar não tem como atender a demandas mais radicais como a última, o poder público municipal não é o responsável direto. O Governo do Estado tem o dever de sanar esses problemas, aumentando o efetivo local, bem como equipar e treinar esse efetivo para momentos como esse. Magé tem um quartel da PM, delegacias, postos de policiamento ostensivo, mas tudo carece de melhores condições de atuação.
Os policiais do município têm históricos de boa conduta, de trabalho sério, enfrentamento responsável, mas são passíveis de erro, especialmente pela precariedade de aparelhamento, incluindo armas, dispositivos de proteção, logística e viaturas. Nossos policiais precisam de atenção, a população também não pode conviver com erros que vitimam jovens e até crianças, e o crime não pode vencer. Os erros não podem ser cobrados de formas criminosas, penalizando cidadãos comuns e comerciantes locais. A prefeitura de Magé e toda a sociedade mageense esperam pelo socorro.
VIA: O Redator