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Líder dos caminhoneiros nega greve, mas diz que prepara novos pedidos

Wallace Landim, o Chorão, que se diz um dos líderes dos caminhoneiros, agradeceu ao presidente Jair Bolsonaropela desistência da Petrobras em elevar o preço do diesel nas refinarias a partir desta sexta-feira (12).

Em entrevista a EXAME, Landim, que representa a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores, afirmou que, pela primeira vez, um governo do Brasil está ouvindo as reivindicações da categoria e, por isso, não há previsão de que uma nova greve seja organizada.

“Nós sabemos que existe uma pressão política para o presidente, mas essa foi uma promessa de campanha a nós que ele cumpriu. Agradecemos mais uma vez“, diz.

No ano passado, os caminhoneiros organizaram uma greve histórica por causa da alta do combustível mais consumido no país. As consequências da paralisação foram significativas, com impacto nos preços dos alimentos, falta de combustível nos postos de gasolina e paralisação dos transportes públicos.

De acordo com Landim, o próximo passo da categoria é se unir para organizar as demandas e levá-las ao governo. “Estamos contratando economistas e técnicos para nos explicar como funciona a política de preços da Petrobras, para nos ajudar a resolver as nossas necessidades”, afirma.

Ele revelou que está sendo recebido com frequência pelo governo Bolsonaro para debater as pautas dos caminhoneiros do Brasil. “Eles sabem as nossas dificuldades para dar conta de todo o trabalho de transporte”.

Batalha árdua

A redução inesperada da alta do diesel levantou incertezas sobre a independência da Petrobras em relação a sua política de reajustes de combustíveis.

Landim reconhece que essa intervenção entra em conflito explícito com a política liberal do Ministério da Economia, sob chefia de Paulo Guedes. “Sabemos o poder da Petrobras, mas isso não significa que não devemos entrar nessa batalha para sermos ouvidos”.

Para ele, a categoria dos caminhoneiros precisa ter a mesma força que a do Agronegócio. “O agro produz 40% do PIB do Brasil e nós transportamos esses 40%. Não podemos ter menor reconhecimento”.

VIA: Exame | Por Clara Cerioni

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