Utilização de softwares para diminuir o uso de papel, campanhas institucionais para uso das ferramentas disponibilizadas pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e maior investimento em novas tecnologias. Estas foram algumas sugestões apresentadas por funcionários da Casa durante reunião da Comissão Especial para a modernização do legislativo, que foi realizada nesta quinta-feira (04/04).
Durante o encontro, o presidente do grupo, Alexandre Knoploch (PSL), ressaltou a necessidade de modernização da Alerj principalmente com a futura mudança de sede do Parlamento Fluminense. “Em breve, a Alerj estará se mudando para um prédio novo, o que será um marco. Temos que aproveitar a possibilidade para de fato realizarmos coisas novas. Contamos com pessoas capacitadas, mas que precisam de infraestrutura para trabalhar. O prédio novo tem que ser inaugurado com tecnologias que de fato funcionem bem e que façam a Alerj mais produtiva”, destacou o deputado. Os parlamentares da comissão visitarão o Edifício Lúcio Costa, futura sede da Alerj, na próxima terça-feira (09/04), às 10h.
Presente à reunião o funcionário Ricardo Souza Oliveira, que trabalha no Departamento de Informática da Alerj há 18 anos, demonstrou preocupação com a defasagem tecnológica do Legislativo Fluminense. “Contamos com servidores de redes que têm 13 anos de utilização, quando o ideal é que sejam trocados a cada cinco anos. Precisamos de maiores investimentos em modernização para não ficarmos expostos a invasões e também a paralisações nos sistemas. Para dar um exemplo, as folhas de pagamentos dos servidores estão sendo rodadas pelo Proderj (órgão de tecnologia do Governo do Estado) em um sistema muito velho, que quase ninguém mais utiliza”, afirmou Ricardo.
Outra preocupação dos servidores é quanto ao uso do software Lotus Notes. Atualmente, o sistema é utilizado para armazenar e disponibilizar na internet todas as informações legislativas, como pautas de votações, projetos de lei e documentos das comissões. Segundo Alyne Pimentel, que trabalha no Departamento de Apoio às Comissões Permanentes, o programa é defasado e de difícil utilização. Ela ainda lembrou que o e-mail corporativo, que também era disponibilizado pelo Lotus Notes, já foi alterado e agora está mais moderno com a utilização do Office 365. Alyne propôs a criação de campanhas, junto com a TV Alerj e a Subdiretoria-Geral de Comunicação Social da Alerj, para divulgar este sistema.
“O Office 365 já foi implementado há um tempo na Alerj, mas muitos servidores ainda não o utilizam. Seria fundamental uma campanha para que todos entendam o sistema, já que ele é útil e pode facilitar o trabalho dentro dos setores, com a possibilidade de compartilhar documentos através da nuvem do sistema. Como é um software pago pela Casa é importante que todos entendam e utilizem a ferramenta. O processo legislativo também não pode mais ser feito pelo Lotus Notes. É preciso um programa mais moderno, já que o Lotus é complicado e a população muitas vezes não entende como pesquisar informações que são publicadas através dele, além dos funcionários perderem muito tempo subindo os documentos legislativos no sistema”, afirmou.
Alyne Pimentel também lembrou que há dois anos a Alerj fez uma parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e há uma minuta com os principais pontos para modernização do legislativo, entre eles a redução do uso de papéis. Sobre esse tópico, o coordenador de Projetos Especiais do Departamento de Informática, Antônio Carlos Ribeiro, disse que seria interessante a utilização do SEI (Sistema Eletrônico Informatizado). “Esse software já é usado com sucesso por diversas instituições como Detran e a UFRJ. Seria mais fácil a digitalização de processos administrativos através desse sistema”, declarou Antônio Carlos.
Também estiveram na reunião os deputados Gustavo Tutuca (MDB) e Rodrigo Bacellar (SD).
VIA: Alerj
