O suspeito de matar a companheira, de 43 anos, com um golpe na cabeça e retirar a pele do rosto da vítima foi preso na tarde de quarta-feira (10) em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Segundo a polícia, o homem, de 37 anos, confessou o crime em depoimento na 105ª Delegacia de Polícia. Ele vai responder por feminicídio e teve a prisão temporária de 30 dias decretada.
De acordo com o delegado Claudio Batista Teixeira, responsável pelo caso, o homem introduziu objetos na vítima “em atitude brutal, sádica, cruel e covarde”.
O G1 tenta contato com a defesa do suspeito.
O crime aconteceu na manhã de quarta-feira (11) na Comunidade do Neylor. O corpo foi encontrado pela filha da vítima, que ficou desfigurada.
O delegado Claudio Batista Teixeira afirma que a assassinato aconteceu após uma discussão do casal. O suspeito saiu de casa, passou por dois vizinhos e pediu para que chamassem os bombeiros, sem dizer o motivo.
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O suspeito disse à polícia que vivia há cinco anos com a vítima em Petrópolis, no RJ — Foto: Polícia Civil / Divulgação
O homem disse aos policiais que vivia com a mulher há cinco anos. De acordo com a polícia, ele atuava como guardador de carros e morava na rua antes de conhecer a vítima. Eles não tinham filhos.
A polícia informou que apenas com o resultado do laudo de necropsia, que ainda não ficou pronto, será possível identificar o que o suspeito usou para golpear a cabeça da vítima e para retirar a pele do rosto dela.
Agressões constantes
Testemunhas disseram à polícia que a mulher já tinha sido agredida em outras ocasiões pelo companheiro e que chegava a pedir socorro. As brigas eram frequentes e aconteciam sempre de madrugada.
Segundo a polícia, testemunhas também informaram que ouviram a mulher gritar por volta da 5h30 de quarta-feira (10) dizendo para o suspeito ir embora e depois os gritos pararam.
De acordo com o delegado, as pessoas ouvidas na quarta-feira disseram que a filha da vítima e vizinhos já tinham orientado a mulher a procurar a polícia, mas ela nunca registrou ocorrência contra ele.
Entretanto, segundo Claudio Teixeira, o suspeito já tinha um registro com base na Lei Maria da Penha, feito em 2007, por lesão corporal. Na ocasião, ele chegou a usar uma tesoura para cortar o rosto da ex-companheira, de acordo com a polícia.
VIA: G1