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Papa evita que fiéis beijem seu anel e é criticado por alas conservadoras

papa Francisco está sendo criticado por alas mais conservadoras da Igreja Católica por ter se recusado a deixar alguns fiéis beijarem seu anel durante uma visita ao Santuário de Loreto, na Itália, na segunda-feira 25.

Ao receber cumprimentos dos fiéis, o pontífice retirou sua mão quando alguns tentaram beijá-la em seu anel. A sequência de imagens em que Francisco foge do beija-mão viralizou nas redes sociais de todo o mundo.

Sites católicos conservadores criticaram a atitude do papa. O portal LifeSiteNews taxou o episódio como “perturbador”.

O Rorate Caeli, outro site lido por católicos tradicionais, tuitou: “Francisco, se você não quer ser o Vigário de Cristo, então saia daí!”.

O biógrafo de Francisco, Austen Ivereigh, rebateu as acusações, afirmando que o papa busca eliminar a tradição considerada hierárquica. “Ele é o Vigário de Cristo, não um imperador romano”, escreveu.

Alguns estudiosos do Vaticano lembraram que nem mesmo Bento XVI, uma referência para os conservadores, e seu antecessor, João Paulo II, gostavam de ter as mãos ou o anel beijados.

“É hora de abandonar a tradição de beijar anéis de bispos. É ridículo e não tem nada a ver com tradição”, comentou o padre jesuíta Russell Pollitt sobre a questão.

Francisco, como todos os outros papas, recebeu quando eleito o “anel do pescador” (referência a são Pedro, que era pescador e foi o primeiro papa da Igreja), usado na mão direita e um dos símbolos da investidura do poder papal.

O Vaticano não explicou o caso. A emissora britânica BBC, contudo, notou que a recusa do papa pode ter sido uma maneira de apressar os cumprimentos dos fiéis.

Segundo o canal de notícias, Francisco ficou por mais de 13 minutos recebendo apertos de mão, abraços e outros cumprimentos no Santuário de Loreto. Nos primeiros 10 minutos, aceitou que algumas pessoas beijassem sua mão, mas quando a fila de fiéis já estava no final passou a rejeitar o beija-mão.

Esta, contudo, não é a primeira vez que o papa Francisco evita que as pessoas beijem a sua mão. Durante visita ao Peru no ano passado, o papa recusou por três vezes as tentativas do ex-presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski, de beijar seu anel.

Desde que foi eleito, o pontífice deixa claro seu desejo de aproximar a Igreja Católica dos fiéis. Além do discurso carregado de mensagens de justiça social, o argentino também promoveu mudanças internas visando reduzir custos e acabar com privilégios.

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