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Pacientes ostomizados de São Gonçalo não recebem material há quatro meses

Por Marcela Freitas

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro recebeu todos os cuidados necessários sem nenhuma dificuldade em todo o período que precisou usar bolsas de colostomia por conta de uma facada durante a campanha, pacientes em São Gonçalo enfrentam uma dura realidade de um serviço público de saúde precário.

Há quatro meses, a rotina de Gonçala de Mello Silva, de 71 anos, é a mesma: ir ao Núcleo de Ostomizados de São Gonçalo, em busca de bolsas de colostomia, da qual ela faz uso há mais de 23 anos.

No começo, Gonçala ligava, e a resposta era sempre negativa. Como vem realizando atividades físicas semanais no espaço, ela busca agora informações pessoalmente, mas nem assim consegue retirar o material.

Ela, que conta apenas com a ajuda dos filhos, afirma que muitas vezes deixa de se alimentar para comprar o material, que para ela é prioridade.

“Desde outubro, eu não consigo retirar as bolsas.Recebia 30 por mês e isso me ajudava muito. Hoje tenho que comprar e gasto cerca de R$ 200, o que faz uma grande diferença, já que não tenho renda. Às vezes uso mais de uma por dia. Queria muito que essa situação fosse resolvida. Hoje (ontem), terei que comprar mais”, relatou.

O mesmo problema é enfrentado pelo comerciante Charles Ribeiro, 36.

“Há três anos, faço uso de bolsa de colostomia devido à doença de Crohn. Por mês gasto pouco mais de 10. Estou desde outubro tentando pegar o material no núcleo, mas a resposta é que está sempre em falta”, afirmou.

A Prefeitura de São Gonçalo não enviou uma resposta com a solução do problema até o fechamento desta edição.

VIA: O São Gonçalo | Foto: Júlio Diniz

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